Itamaraty convoca embaixador húngaro para esclarecer hospedagem de Bolsonaro

Ministério das Relações Exteriores demonstra descontentamento com permanência do ex-presidente após apreensão de passaporte

Bolsonaro deve ser investigado por se hospedar na Embaixada da Hungria | Divulgação/PR
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O Ministério das Relações Exteriores vai convocar o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para explicar a hospedagem do ex-presidente Jair Bolsonaro no país europeu mesmo após a apreensão de seu passaporte pela Polícia Federal, ocorrida em 8 de fevereiro. Nas relações diplomáticas, chamar o chefe de uma missão para prestar esclarecimentos na sede da chancelaria é uma demonstração de contrariedade do país anfitrião. 

Fontes consultadas pela Folha não confirmaram se Halmai está atualmente no Brasil, mas segundo publicação da Folha de São Paulo, a responsável por ouvir as explicações do diplomata húngaro será a secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, Maria Luisa Escorel de Moraes.

Segundo assessores de Lula, o governo ficou chocado com a notícia divulgada pelo jornal The New York Times. A interpretação é que o embaixador húngaro não apenas recebeu um oponente político da atual administração, mas também uma pessoa sujeita a investigações pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Esses assessores afirmam que o gesto é percebido como uma interferência do governo da Hungria, liderado por Viktor Orbán, nos assuntos internos do Brasil.

PF VAI INVESTIGAR - A Polícia Federal irá investigar a intenção por trás da estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, em Brasília, por dois dias, após ter seu passaporte confiscado durante uma operação que investigava uma possível tentativa de golpe de Estado.

Segundo imagens da câmera de segurança obtidas pelo jornal The New York Times, a visita do ex-presidente ao prédio da representação húngara ocorreu quatro dias após a operação que visava indivíduos suspeitos de participação em discussões durante seu mandato anterior. Em nota, o ex-presidente confirmou ter permanecido no local por dois dias e alegou que estava lá para "manter contatos".

Com informações da Folha de São Paulo



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