Número de bloqueios caiu de 938 para 419 no país, diz ministro

Raul Jungmann disse que empresários estão sendo investigados

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Atualizado às 18h40

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou durante coletiva de imprensa que 419 de um total de 938 pontos interditados em rodovias de todo o país (quase 45%) tinham sido liberados até a tarde desta sexta-feira (25).

O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse o presidente Michel Temer assinou decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza o emprego das Forças Armadas em casos de situações de perturbação da ordem pública.

Participaram da entrevista, além de Jungmann, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Joaquim Luna (Defesa).

Coordenador do grupo que o governo criou para monitorar a greve dos caminhoneiros, o ministro Sergio Etchegoyen, que é general do Exército, declarou que o “gatilho” para o uso “enérgico dos recursos legais” foi o “risco de desabastecimento”.

Padilha voltou a afirmar que o fim da paralisação leva tempo. Segundo ele, a greve não está sendo desmobilizada na “velocidade sonhada”, mas demonstra avanço.

O ministro declarou que a negociação com os caminhoneiros “está encerrada”. “Agora é o cumprimento do acordo. Nós temos um acordo e estamos buscando cumprir 100% e esperamos que eles também cumpram 100%, e quem vai ganhar é a sociedade e os caminhoneiros, suas famílias”, disse.

Jungmann disse que determinou à direção-geral da Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar se empresários tiraram proveito do movimento dos caminhoneiros autônomos praticando locaute.


O ministro Eliseu Padilha disse que, nesta sexta, o presidente Michel Temer assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permitindo o emprego das Forças Armadas desta sexta-feira (25) até 4 de junho nas ações para desbloquear as rodovias, interrompidas pela greve dos caminhoneiros.

O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, informou que o emprego das Forças Armadas será feito nesse contexto de Garantia da Lei e da Ordem.

Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões de GLO ocorrem nos casos em que há, segundo o Ministério da Defesa, "o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem".

“O que vai ser garantido são essas necessidades críticas, particularmente na área de abastecimento de combustível, na área da saúde, produtiva, de alimentação”, disse o general.

Ele explicou que a Marinha já atua para desobstruir o canal do porto de Santos. A Força Aérea está em contato com os aeroportos, e o Exército emprega tropas.

Atualizado às 17h40

Ministro afirma que atuação das Forças Armadas será 'enérgica'

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, afirmou na tarde desta sexta-feira (25) que a atuação das Forças Armadas será de forma "rápida" e "enérgica".

"Tão logo o presidente assine o decreto que autoriza o emprego das forças, será empregado. Uma ação rápida, integrada e de forma enérgica como deve ser o emprego de forças", disse.

As Forças Armadas irão realizar: Distribuição de combustível nos pontos críticos; Escolta de comboios; Proteção de infraestruturas críticas; Desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais.

Michel Temer anuncia 'forças federais' para desbloquear estradas

Michel Temer disse nesta sexta-feira (25) que acionou forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhonheiros em greve. Ele fez um pronunciamento no Palácio do Planalto.

O presidente optou por acionar as forças federais depois de se reunir com ministros para uma "avaliação de segurança" sobre a situação no país, já que a greve dos caminhoneiros continuou, apesar do acordo firmado entre governo e representantes da categoria na noite de quinta (24).

Em razão da paralisação, há registros de falta de alimentos em supermercados e de combustível em postos de gasolina. O transporte coletivo em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos.

"Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo."

Segundo assessoria do Ministério da Segurança Pública, as forças federais incluem: Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Temer disse que tomou a decisão para evitar que a população fique sem produtos de "primeira necessidade".

Apesar do decreto ainda não ter sido publicado, as Forças Armadas já estão mobilizadas, segundo o governo. As Forças vão esperar a publicação do decreto para iniciar os trabalhos

Ainda de acordo com a assessoria, as rodovias devem ser totalmente liberadas. Com isso, caminhoneiros manifestantes não poderão ficar nem no acostamento. Os militares vão poder entrar em caminhões, se for o caso, para retirá-los da via.

Segundo o governo, a prioridade do desbloqueio é garantir abastecimento de combustível em seis aeroportos e duas termelétricas. Entre os aeroportos, estão Brasília, Recife, Congonhas, Confins e Porto Alegre.

Temer disse que o governo atendeu os pedidos dos caminhoneiros, mas, segundo ele, uma "minoria radical" dos grevistas não quis cumprir o acordo.

“Atendemos 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros, que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente. Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do diálogo”, disse o presidente.

“Muitos caminhoneiros, aliás, estão fazendo sua parte, mas infelizmente uma minoria radical tem bloqueado estradas, impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender a população e fazer o seu trabalho”, completou.



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