Michelle Bolsonaro retoma viagens pelo país após polêmicas com gastos

A ex-primeira-dama confirmou presença em evento que buscará estimular filiação de novos integrantes ao PL

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Michelle busca ampliar reduto eleitora e participação política | Divulgação
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A ex-primeira-dama e presidente nacional do Partido Liberal (PL) Mulher, Michelle Bolsonaro, confirmou sua presença no Encontro Estadual do PL Mulher no Mato Grosso. O evento ocorrerá na próxima sexta-feira (03/06), em Cuiabá.

Em um vídeo publicado nas redes sociais da deputada federal mato-grossense, Amália Barros (PL), Michelle afirmou que visitará a capital do estado. A finalidade da viagem é estimular mulheres e jovens a fazerem parte do partido político liderado por Valdemar Costa Neto.

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O evento é direcionado a ala feminina, e não contará com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Michelle busca, com essas visitas e discursos, fortalecer as bases aliadas e manter o capital político da legenda, especialmente visando 2026, em que caso não fique inelegível, Jair Bolsonaro tende a concorrer, e caso seja impedido, deverá indicar um substituto. Por sua vez, Michelle é cotada para concorrer à vaga no Senado pelo Distrito Federal.

Esquema de rachadinha

Vale lembrar que, no início do mês, em conversas gravadas entre o auxiliar de ordens do Palácio do Planalto, o tenente-coronel Mauro Cid, e assessores do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é evidenciado a existência de uma instrução dada à Michelle para que o pagamento de suas despesas fosse realizado com dinheiro em espécie.

Segundo o relatório da Polícia Federal, as conversas indicam a existência ilícita de uma "dinâmica sobre os depósitos em dinheiro para as contas de terceiros e a orientação de não deixar registros e impossibilidades de transferências".

Cartão de crédito em nome de aliada

A operação identificou, ainda, que a ex-primeira-dama fazia uso de um cartão de crédito ligado à conta de uma amiga, Rosemary Cardoso Cordeiro, a qual ocupava cargo de assessora parlamentar no Senado. Quando as quebras de sigilo de Mauro Cid e de outros servidores foram realizadas, a PF descobriu o histórico das transferências de dinheiro vivo para Rosemary, com a finalidade de bancar os gastos com o cartão de crédito. Isso feito a fim de camuflar a origem dos recursos.

Depois das descobertas, duas assessoras de Michelle - Cintia Borba Nogueira e Giselle dos Santos Carneiro da Silva - discutiram entre si e com Mauro Cid, expressando preocupação acerca das irregularidades no pagamento das contas da, agora, presidente do Partido Liberal (PL) Mulher.

Relação inexistente?

Em entrevista à Revista Veja na sexta-feira (19), Michelle negou ter qualquer relação com Mauro Cid. Porém, a líder conservadora admitiu que o militar pagava contas pessoais, indicando que ele ficava com o cartão da conta-corrente do ex-presidente.

"Nenhuma [relação com Mauro Cid]. O meu contato com ele se dava por meio das minhas assessoras. Ele pagava minhas contas pessoais porque era ele que ficava com o cartão da conta-corrente do meu marido. Todo o dinheiro usado pelo coronel para pagar minhas despesas foi sacado da conta pessoal do Jair, dos rendimentos dele como presidente da República. Não tem um tostão de recursos públicos. Temos os extratos para provar isso", explicitou Michelle para Revista.



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