Pepe Vargas diz que defender CPI da Petrobras não traz boa relação com governo

Segundo Vargas, o país tem instituições com melhor ambiente para a apurar as denúncias envolvendo políticos com o pagamento de propina na estatal.

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Em café da manhã com jornalistas, novo ministro da articulação política criticou atuação de Eduardo Cunha e diz que o líder do PMDB usa “instrumento de oposição” ao defender criação de nova comissão para investigar denúncias

O Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT), afirmou que a articulação do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), em favor da criação de uma nova CPI para investigar a Petrobras “não contribui para uma boa relação” entre governo e PMDB.

Segundo Vargas, o país tem instituições com melhor ambiente para a apurar as denúncias envolvendo políticos com o pagamento de propina na estatal. Ele repetiu, na manhã desta terça-feira durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que uma CPI da Petrobras “não tem razão de ser”.

“Num país que tem essas instituições, que tem como missão institucional combater a corrupção, Ministério Público, Controladoria-Geral da República, Polícia Federal, Poder Judiciário e Tribunal de Contas da União, alguém sustenta que esses órgãos estejam sendo maniatados por quem quer que seja para não investigar a corrupção? Se alguém sustenta isso que venha a público dizer”, desafiou Vargas.

“Nós (governo) achamos o inverso. Achamos que essas instituições têm um ambiente de absoluta liberdade, autonomia para investigar a corrupção no nosso país e punir corruptos e corruptores. Aliás, de forma até inédita”, acrescentou o ministro. Apesar de classificar CPI como “instrumento de oposição”, o ministro, que é responsável pelo diálogo entre o Planalto e o Congresso, evitou classificar Cunha como agente de oposição.

“A justificativa que ele deu foi a seguinte: como disseram que estou envolvido nisto, quero uma CPI até para que fique em panos limpos essa questão”, disse Vargas, em referência às declarações que Cunha deu quando viu seu nome envolvido em supostos pagamentos de propina feitos por um policial federal que atuava como carregador de malas do doleiro Alberto Youssef, preso desde o ano passado. Apesar de Vargas evitar declarações polêmicas sobre Cunha, o líder do PMDB na Câmara vem defendendo a instalação da CPI desde o ano passado, muito antes, portanto, de surgirem as denúncias que o envolvem no suposto esquema.

Cunha nega qualquer participação e questiona a denúncia que o envolve no pagamento de propina no âmbito da investigação da Operação Lava Jato. Cunha é o favorito para a eleição que escolherá o próximo presidente da Câmara. “Cada um responde por suas propostas. Se o Eduardo Cunha quer fazer isso, ele responde pelas propostas dele. Não tem problema nenhum”, declarou Vargas.




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