RAQUEL LOPES E FABIO SERAPIÃO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), minimiza a possibilidade de qualquer tipo de vandalismo em Brasília durante a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele diz que o país já estará sob novo comando, que não permitirá esse tipo de ato.
A declaração foi dada em entrevista à reportagem nesta quarta (14), dois dias após bolsonaristas tentarem invadir a sede da Polícia Federal, incendiarem carros e promoverem depredação na capital federal, horas depois da diplomação de Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"O que não vai ter é alguém no dia da posse quebrando prédio em Brasília. Isso não vai ter porque, se tiver, aí já estará sob o nosso comando a partir do dia 1º de janeiro. E aí a gente não vai permitir que aconteça esse tipo de coisa. Agora, a pessoa irá protestar, legítimo. Ele não pode é tumultuar, ele não pode quebrar as coisas", afirma.
Dino pretende criar novas secretarias dentro do Ministério da Justiça, entre elas a Secretaria de Assunto Legislativos e a Secretaria de Acesso à Justiça. Esta última será comandada pelo auditor federal Marivaldo Pereira.
Sobre a Polícia Federal, órgão mais sensível sob sua tutela, o ex-governador do Maranhão afirma que a escolha do atual chefe da segurança de Lula, o delegado Andrei Rodrigues, não foi do petista, mas dele, e nega partidarização da corporação.
"Poderia haver a crítica se tivesse sido o Lula que colocou o Andrei. Eu volto a te dizer que não foi o Lula que indicou, quem indicou fui eu. Acho que ele preenche os critérios e estou muito feliz com a escolha".
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