PT pedirá ampliação da CPI da Petrobras até período FHC

A presidência da CPI deve ficar com o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) e a relatoria com o petista Vicente Cândido (SP).

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Depois de a presidente Dilma Rousseff ter responsabilizado o PSDB pela corrupção na Petrobras, a bancada do PT prepara um pedido para que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara que vai investigar irregularidades na estatal  alcançando o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A CPI, que começa a trabalhar na quinta-feira (26), foi criada para analisar denúncias de corrupção na empresa de 2005 a 2015. O período, segundo a oposição, leva em consideração somente do  início das tratativas para a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que em 2014 colocou a estatal no centro de uma crise.

Para conseguir ampliar o objeto de apuração da comissão, o PT precisará aprovar o pedido no plenário da comissão. Se a solicitação for feita ao comando da Câmara, ele deve ser negado, uma vez que o apoio dos deputados para a CPI foi motivado apenas por ser dentro de um determinado tempo.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que não podem existir restrições ou limitações nas investigações da CPI. "Temos que fazer uma investigação ampla, geral e irrestrita. Doa a quem doer", afirmou.

O líder do PT, Sibá Machado (AC), reforçou o discurso. "Há um depoimento citando irregularidades da estatal no governo tucano, então, não tem justificativa ou motivos para não se investigar."

Dois meses em silêncio, Dilma concedeu entrevista na sexta-feira (20) para acusar o PSDB de não ter investigado desvios na empresa durante a gestão de FHC. Sem citar nomes, a presidente fez referência ao depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. Ele disse ter começado a receber propina da SBM Offshore em 1997.

"Se em 1996 ou 1997 tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos [atuando em esquema] de corrupção", disse a presidente.

INDICAÇÕES

Os dois maiores partidos da Câmara ainda precisam indicar seus representantes para CPI. Ao longo do dia, peemedebistas e petistas devem ter uma sequência de encontros para fechar os nomes. O tema deve ser pauta de um almoço que o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) vai oferecer a Guimarães, Sibá e ao líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).

A presidência da CPI deve ficar com o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) e a relatoria com o petista Vicente Cândido (SP).



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