Relator rejeita inclusão de áudios no processo de impeachment

A decisão do relator ainda deve ser votada pelos demais integrantes

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O relator da comissão do impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou no início da tarde desta quinta-feira (2) relatório em que rejeita a inclusão de gravações realizadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, solicitada na noite de quarta (1º) pela defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

A decisão do relator ainda deve ser votada pelos demais integrantes da comissão.

Segundo o tucano, "percebe-se que os fatos indicados são totalmente estranhos ao objeto deste processo".

No documento, ele completa: "além do mais, essa matéria se encontra devidamente esclarecida e a referida preliminar já foi afastada no parecer votado pelo Plenário do Senado Federal no dia 12 de maio de 2016".

O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, que participa da sessão, rebateu o argumento de Anastasia, afirmando que os áudios foram revelados na semana passada --pelo jornal "Folha de S. Paulo"--, portanto, após a votação do parecer pelos senadores."Vossa excelência indeferiu provas centrais da defesa. Será que a defesa não tem direito de provar? Agora estamos na fase da provas. Isso nos mata, nos aniquila de morte", declarou Cardozo.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) classificou a manifestação de Anastasia como uma "decisão gravíssima".

Em documento de 26 páginas, lido no início da tarde por Anastasia, o senador apresenta análise sobre requerimentos da acusação, da defesa e dos senadores da comissão. Ele pede ainda a aprovação de 21 oitivas, entre elas a de Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, e da presidente afastada.

No final do relatório, o relator intima Dilma "para que adite o rol de testemunhas constante da defesa escrita e apresente, em até 48 horas, relação com o limite de oito testemunhas para cada um dos cinco decretos de abertura de crédito suplementar, sob pena de tal seleção ser realizada pela comissão".

Às 14h30, a sessão foi suspensa por duas horas pelo presidente do colegiado, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), para almoço.



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