Wellington Dias liga mudanças climáticas ao aumento da fome e desigualdade

Ele destacou que as nações mais ricas são responsáveis pela maior parte das emissões de CO2, que agravam o aquecimento global.

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Wellington Dias mencionou exemplos concretos dos efeitos das mudanças climáticas no Brasil, incluindo a situação crítica no Rio Grande do Sul. | Raíssa Morais/MeioNews

Durante a reunião do G20 realizada nesta segunda-feira em Teresina, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), destacou a relação direta entre as mudanças climáticas e o aumento da fome e da desigualdade no mundo. Em seu discurso, ele enfatizou a necessidade de uma aliança global para enfrentar esses desafios, sublinhando a importância da participação dos países mais desenvolvidos.

"O presidente Lula entende que não é possível resolver o problema da fome e da pobreza sem uma aliança global, especialmente sem a participação dos países mais desenvolvidos", afirmou Dias. 

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Ele destacou que as nações mais ricas são responsáveis pela maior parte das emissões de CO2, que agravam o aquecimento global, levando a eventos climáticos extremos que prejudicam a produção agrícola e o desenvolvimento econômico.

"Veja que são os países mais desenvolvidos quem fazem as maiores emissões de CO2, que mais contribui para o aumento da temperatura global. E se prosseguir o aquecimento global, nós vamos ter cada vez mais situações como essa de intempéries, que causa prejuízos à própria produção, ao próprio desenvolvimento de ricos e de pobres".

Dias mencionou exemplos concretos dos efeitos das mudanças climáticas no Brasil, incluindo a situação crítica no Rio Grande do Sul e os desafios enfrentados na Amazônia, Nordeste, São Paulo e Rio de Janeiro. "Essas mudanças climáticas têm impactos em todo o mundo", alertou.

A reunião em Teresina reuniu mais de 50 delegações internacionais e técnicos responsáveis por apresentar propostas para as próximas etapas (Foto: Raíssa Morais/MeioNews) RESILIÊNCIA AGRÍCOLA

O ministro também destacou o papel dos países desenvolvidos em promover a paz e a eficiência dos organismos internacionais. Ele citou a Embrapa como exemplo de uma organização brasileira que pode contribuir com conhecimento e tecnologia para aumentar a resiliência agrícola em outros países, especialmente aqueles em desenvolvimento na América Latina, Caribe, África e outras regiões.

APOIO DOS MAIS DESENVOLVIDOS

A discussão também abordou a necessidade de apoio financeiro dos países desenvolvidos aos menos desenvolvidos, seja por meio de recursos não reembolsáveis ou empréstimos com condições favoráveis. Dias mencionou a importância de tratar o endividamento dos países mais pobres, tema já levantado pelo presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Mesa de honra da reunião do G20 em Teresina é composta por várias autoridades, como os ministros Wellington Dias e Márcio Macêdo, o governador Rafael Fonteles e a secretária de Assistência Social, Regina Sousa (Foto: Raíssa Morais/MeioNews)Além das falas de Wellington Dias, a reunião do G20 em Teresina contou com a divulgação de um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Este estudo avalia os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as experiências globais, identificando práticas bem-sucedidas e falhas. Outros estudos encomendados pela FAO, Banco Mundial e UNICEF também foram apresentados, servindo de base para as discussões do G20.

O EXEMPLO DO PIAUÍ

Dias ressaltou o exemplo do Piauí, onde o programa Fome Zero foi lançado pelo presidente Lula em 2003, quando o estado era um dos mais pobres do Brasil. "Guaribas, no Piauí, era o município mais pobre do país na época", lembrou Dias. Graças à integração de ações com o Sistema Único de Assistência Social e o Plano Brasil Sem Fome, o Brasil conseguiu, em 2014, sair do mapa da fome, reduzindo significativamente a pobreza e a insegurança alimentar.

Regina Sousa, Wellington Dias, Márcio Macêdo e Rafael Fonteles em destaque na reunião do G20 em Teresina, Piauí (Foto: Raíssa Morais/MeioNews) O estudo do PNUD destaca o progresso do Piauí, cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) subiu de 0,4 (muito baixo) para acima de 0,7 (alto) em 21 anos. Este avanço exemplifica como políticas públicas eficazes podem transformar regiões e servir de modelo para outros países.

A reunião em Teresina reuniu mais de 50 delegações internacionais e técnicos responsáveis por apresentar propostas para as próximas etapas. 



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