Jean Wyllys relativiza polêmica sobre deputados com prostitutas

Ele afirma que 60% do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas.

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Deputado estimou que 60% dos parlamentares do sexo masculino teriam feito uso de serviços de prostitutas. | Agência Câmara
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Após estimar em entrevista que "60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas", o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) divulgou nota nesta quinta-feira denunciando a repercussão "sensacionalista" de sua declaração. Segundo o deputado, a polêmica foi criada pela "maneira literal como parte da imprensa interpretou" sua frase.

Autor do Projeto de Lei 4211/2012, que busca regularizar a atividade de profissionais do sexo, Jean Wyllys deu a declaração polêmica em entrevista ao portal iG. "As prostitutas, embora estigmatizadas e marginalizadas, são uma categoria menos odiada que os homossexuais. E tem outro fator, eu diria que 60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em ambientes mais seguros", afirmou.

"Está claro - até porque usei o verbo no futuro do pretérito ("diria que 60%?"), tempo verbal que torna relativa e incerta qualquer afirmação - está claro que eu não me referi a estatísticas precisas, levantadas por institutos de pesquisas. Considerando que jornalistas fossem capazes de levar em conta essa nuanças da Língua, espantou-me a maneira literal como parte da imprensa interpretou essa frase", disse o deputado em nota.

"É óbvio que a referência a 60% queria dizer "a maioria"; e que essa percepção de que boa parte dos homens já recorreu a serviços de prostitutas não é só minha nem é mentira, por mais indignados que os autoproclamados paladinos da "moral" e dos "bons costumes" tenham se mostrado com ela", afirmou Wyllys.

Apesar da ressalva, o deputado reafirmou que "o fato de que parlamentares recorrem a serviços de prostitutas já foi divulgado diferentes vezes por diferentes veículos de comunicação". "Por fim, gostaria de ver os deputados que se inflamaram com a estatística imprecisa indignados com o que realmente importa: por exemplo, com o fato de os prováveis novos presidentes da Câmara e do Senado estarem envolvidos em denúncias de corrupção e com o fato de muitos dos parlamentares terem vendido seus votos em matérias importantes", conclui Wyllys.



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