Um novo relatório produzido pelo Ministério Público e pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente mostrou que a situação no Instituto Médico Legal de Teresina está fora de controle e sugeriu a interdição, caso não seja apresentado um plano de trabalho para a solução dos problemas até o dia 6 de abril.
“A situação do IML é caótica e a ausência de alguns documentos que não foram apresentados pela coordenação em relação ao alvará de funcionamento, plano de gerenciamento de resíduos e licença ambiental autorizam, inclusive, a interdição imediata do orgão”, afirmou a promotora Luana Azeredo Alves.
No início do ano, uma vistoria constatou diversas irregularidades no prédio do IML, que sofria com infiltrações e acondicionava cadáveres em corredores, além de diversos problemas de infraestrutura.
No dia 16 de março, os representantes do Ministério Público realizaram uma nova vistoria no IML e constataram que os problemas se agravaram, com mais de 30 corpos nas geladeiras do órgão e com os servidores sem ter acesso a equipamentos básicos de segurança.
“Foi verificado um agravamento da situação do IML. Existe um acumulo de sujeira, subutilização de espaços, problemas hidráulicos, elétricos, de alvenaria, não existem laboratórios necessários para a realização de exames básicos e esse acumulo de corpos, que torna o ambiente bastante insalubres”, destacou a promotora.
Segundo a direção do Instituto Médico Legal, as dificuldades realmente existem e solução para os problemas do órgão está sendo buscada junto às autoridades competentes.
“Infelizmente, as condições estruturais do atual prédio do órgão tem limitações e deficiências que nós estamos buscando solucionar junto aos órgãos e autoridades aos quais somos subordinados”, disse André Biondi, diretor do IML.
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