Menores infratores utilizam brechas na lei para voltar às ruas

Menores infratores utilizam brechas na lei para voltar às ruas

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O envolvimento de menores de idade em crimes aumenta a cada dia. Anos atrás a maioria dos crimes envolvendo menores de idade eram roubos e furtos. Hoje, menores chegam a realizar homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte).

Em Teresina, centros de medidas socioeducativas estão lotados e não tem como comportar mais menores envolvidos em crimes.

Há informações de que esses adolescentes estariam se aproveitando das brechas da lei para ser liberados desses centros, já que os atenuantes para liberação seriam ter família, residência fixa e frequentar a escola.

Segundo o coordenador do CEM (Centro de Educação Masculino), Hebert Viana, 8 de cada 10 internos estariam sem frequentar a escola pelo menos três meses antes de praticar crimes.


“O que mais dificulta o nosso trabalho é a questão das drogas. A maioria dos adolescentes se envolve no mundo do crime para sustentar o vício em drogas”, disse Heberto Viana.

Os casos de reincidência de adolescentes em crimes também preocupa os órgão envolvidos com a proteção de crianças e adolescentes.

Luzinete Barros, presidente da comissão de defesa da criança e do adolescente da OAB-PI, disse que as crianças precisam estar inseridas em programas sociais para sair das ruas e consequentemente parar de praticar crimes.


“Quando uma criança comete algum desvio de conduta ele deve ter o acompanhamento e responsabilidade dos pais e inclusão em programas sociais. Já os adolescentes passarão por medidas socioeducativas de acordo com a gravidade do ato delituoso. Está faltando a ajuda da família e o apoio da sociedade e do poder público com orientação, cultura, lazer”, disse Luzinete Barros.

Teleno Nobre, conselheiro tutelar do 1° Conselho Tutelar de Teresina acredita que a família tem um importante papel na orientação dos adolescentes.


“A primeira a orientar o adolescente é a família. O adolescente que cometer crime precisa ser punido pelo seu ato. Quem ordena a política precisa ver essa situação como uma luta diária, pois o estado está de um lado e o crime de outro, infelizmente o crime está vencendo essa guerra”, disse Teleno Nobre.

 

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