Testemunhas de homicídio tem a casa incendiada e estão morando na rua

O filho do casal de apenas 1 ano está morando em um abrigo, mas os pais não podem ir visitar porque não tem roupas apropriadas parar entrar no local.

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Um casal teve a residência incendiada e está sendo perseguidos, após ter testemunhado o homicídio de um jovem identificado como Igor de Matos Silva, de 23 anos, morto com dois disparos de arma de fogo no bairro Nova Teresina, na zona Norte da capital, no dia 11 de agosto deste ano. 

“Na hora do homicídio eu estava dentro de casa dormindo e meu marido estava tomando banho, a gente escutou o disparo, na hora meu marido veio correndo e falo ‘amor acorda vamos sair daqui’, a gente pegou nossas coisas e saiu, fomos jantar próximo, num trailer que a gente sempre ia jantar lá, e quando voltamos a casa estava pegando fogo. Voltamos, ai outro dia meu marido saiu para pegar uma colheres, porque até as colheres pegaram fogo, quando eu fui atrás dele, e a gente voltou, a casa estava incendiada e os pneus da bicicleta dele estava todo furado de faca.” contou a mulher.

Após terem a residência incendiada pela segunda vez, a família foi para a casa de um parente, mas lá sofreram novas ameaças e tiveram que sair, sem ter para onde ir o casal passou a morar na rua e sobreviver com ajuda de doações de pessoas solidarias. O casal chegou a encontrar um imóvel para dormir, mas vão ter que sair porque o local foi vendido. 

Segundo o casal, o filho de apenas 1 ano, passou a morar em um abrigo, e desde então não receebeu visita dos pais, pois no local não pode entrar de shorts e a família não tem roupa apropriada para ir ao abrigo.

“Meu filho está em um abrigo, a gente teve que passar por isso com uma criança, porque não da para viver no meio da rua com nosso filho, a gente não tem nem roupa apropriada para ir no abrigo ver a criança, lá não pode entrar de short curto e não temos roupas para ir. Quem está oferecendo alimentação para gente é o 2º Distrito Policial onde cuida de menores infratores, ele dá o almoço para nós.” disse a vítima das ameaças. 

Segundo o delegado do Departamento de Homicídio de Proteção à Pessoa - DHPP, Robert Lavor, a polícia está tendo dificuldades para elucidar o crime, devido a falta de testemunhas, que queiram ajudar nas investigações 

“As investigações prosseguem, é um caso de difícil elucidação, tendo em vista que o crime ocorreu a noite, em uma invasão pouco povoada, então a gente não encontra ninguém que conte nem mesmo como ocorreu o crime e muito menos para dizer quem praticou. A gente aguarda ainda os familiares dele, para que relatem para  a gente há quanto tempo ele mora lá e quais eram as amizades dele, e o que pode ter causado a morte do Igor.” contou o delegado.

Sobre as ameaças ao casal, o delegado orienta que as vítimas procure a polícia e registre um Boletim de Ocorrência relatando as ameaças.

“O crime de uma simples ameaça ela é apurada pelo distrito da região, caso está ameaça tenha relação especificamente com o homicídio, a gente pede que procure o DHPP para que a gente escute a pessoa e identifique quem está ameaçando, porque as vezes numa simples ameaça dessa a gente consegue descobrir o autor do delito. Mas a pessoa deve registrar um Boletim de Ocorrência no distrito da área, para o delegado responsável apure, lavre o TCO e tente identificar o autor dessas ameaças.” disse Robert Lavor. 

 



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