Família de jovem que morreu queimado irá responsabilizar Hospital Areolino de Abreu

Família de jovem que morreu queimado irá responsabilizar Hospital Areolino de Abreu

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Morreu, na noite de quinta-feira, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde estava internado desde o dia 03 de junho, o paciente que foi  queimado quando estava em uma maca de uma enfermaria do Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu, no bairro Primavera, na zona Norte de Teresina.

O Hospital Areolino de Abreu (HAA) confirmou, em nota,  que o paciente Alan Jackson de 20 anos, oriundo do Maranhão, que deu entrada na unidade hospitalar, sofreu queimaduras de 3º grau ao tentar desvencilhar-se das faixas de contenção ao leito.

Para isso, o mesmo usou um isqueiro, que provavelmente estaria no bolso. 

Segundo a nota, o paciente deu entrada no HAA com surto psicótico,  mesmo tendo sido medicado, ameaçava fugir. Por isso, a necessidade de ser contido.

A direção do Hospital Areolino de Abreu informou que, por volta das 5h da manhã do dia 3 de junho,  mesmo acompanhado pelo irmão, que naquele momento ausentou-se do quarto, o paciente ateou fogo nas faixas.

A família da vítima não acredita que as queimaduras de Jackson tenham sido resultado desta tentativa de fuga. A mãe de Alan Jackson, Maria dos Remédios se revolta ao falar do caso.

“O meu filho na se ateou fogo porque ele estava amarrado, ele estava com as mãos, os pés e a cintura amarrados e não tinha condições de fazer isso. Isso foi um irresponsabilidade lá do Hospital”, disse.

Remédios também não descarta a possibilidade de um outro paciente ter provocado as queimaduras no corpo de seu filho. “Eu acredito que alguém deve ter tocado fogo no meu filho e eu quero justiça, porque a vida do meu filho acabou. Ele perdeu as pernas, perdeu o corpo todo e ele falou também que uma pessoa tocou fogo nele e ele pediu pra essa pessoa não fazer isso. Ele me contou isso várias vezes”, disse Dona Remédio, aos prantos.

Alan Jackson passou 11 dias internados no HUT, teve membros inferiores amputados. A família dele afirma ainda que no dia do incêndio, o HAA não tinha extintores, por isso moverá uma ação judicial para responsabilizar o hospital pela morte do jovem. “Isso não é justo, como é que o paciente chega de um jeito e sai morto? Se ele estava com um isqueiro, a responsabilidade era do hospital revistar”, disse Remédios.

Alan Jackson será sepultado no Maranhão.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES