Bronzeamento com cerveja funciona? Conheça os risco da prática viral

Prática de bronzeamento corporal com cerveja virou tendência no aplicativo TikTok e acumula milhares de visualizações

Profissionais de saúde e especialistas alertam para os riscos associados a essa moda | Reprodução: Internet
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Uma nova tendência vem ganhando notoriedade e força no TikTok, maior rede social do mundo. Usuários da plataforma passaram a publicar vídeos utilizando cervejas para potencializar o bronzeamento corporal. Mas segundo especialistas, a prática é controversa e pode trazer danos reais à saúde.

Na tendência, os usuários que publicam esse vídeos buscam um tom de pele mais bronzeado por meio da aplicação tópica de cerveja na pele, combinada com exposição ao sol. Os vídeos se tornaram virais, acumulando milhares de visualizações e curtidas. No entanto, profissionais de saúde e especialistas alertam para os riscos associados a essa moda, que vão muito além da simples busca por uma pele bronzeada.

Conhecidos como ‘tiktokers’, os criadores deste conteúdo danoso, dizem que o método oferece o “melhor bronzeado de todos os tempos”, além de ser uma “maneira barata de se bronzear mais rápido”, mas especialistas divergem. Então qual seria o risco de utilizar cerveja para o bronzeamento exposto ao sol?

Riscos

Em conversa com a CNN Brasil, Camila Hofmann, dermatologista do Hospital Vergueiro, em São Paulo, explica que o bronzeamento, em qualquer nível que seja, não é seguro. “O bronzeamento nada mais é do que o aumento da pigmentação da pele que, na verdade, é a resposta a uma proteção contra a radiação solar”, conta.

Quaisquer substâncias usadas para aumentar ou acelerar a ação da radiação solar podem queimar a pele, sendo elas, por exemplo: cerveja, sal grosso, óleo de avião, refrigerantes, plantas, entre outros produtos. “Falando em bebida alcoólica, temos ainda o álcool, uma substância corrosiva. Portanto, não é recomendado. Além de não proteger a pele, piora a exposição solar”, diz.

Prática pode fritar a pele

“Literalmente, pode ‘fritar’ a pele”, explica a dermatologista, ao detalhar que a combinação de cerveja com exposição ao sol pode aumentar o risco de queimaduras solares e danos severos, incluindo o envelhecimento precoce e o aumento do risco de câncer de pele. A dermatologista ainda explica que o bronzeamento feito naturalmente, no dia a dia, pode contribuir com uma alteração no DNA celular. 

Durante o passar dos anos, essa modificação pode produzir células que não são naturais e tornar-se câncer de pele. A exposição solar, sendo ela “acelerada” ou não, causa muitos outros danos à pele além do câncer, tais como: aumento da degradação do colágeno, envelhecimento precoce, desenvolvimento de rugas, flacidez e manchas.

De acordo com a médica, espaços que prometem bronzeados artificiais e duradouros precisam causar alerta nos usuários que buscam uma maneira rápida de adquirir um tom de pele dourado, já que a exposição frequente e prolongada à radiação UV, seja do sol ou de fontes artificiais, está fortemente ligada ao aumento do risco de desenvolvimento de câncer de pele entre outras consequências.



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