Coca cola zero pode ser considerada cancerígena pela OMS

O adoçante é largamente utilizado por pessoas que querem diminuir o consumo de açúcar

O aspartame, criado nos Estados Unidos em 1965, é formado quimicamente pela junção de dois aminoácidos | Reprodução: Internet
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Com frequência circulam na internet informações sobre danos provocados pelos adoçantes com aspartame. O consumo diário desse produto na alimentação já foi associado a dores de cabeça, diversos tipos de câncer, doença de Alzheimer e seria especialmente maléfico às pessoas com diabetes, mas nada disso tem comprovação científica. No entanto, o jogo parece ter virado.

O adoçante comumente utilizado em bebidas zero (ou diet), principalmente refrigerantes, como a Coca Cola, o aspartame entrou na mira da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Fontes ligadas à agência de notícias Reuters, afirmam que no próximo mês, o produto  deve ser classificado como “possivelmente cancerígeno para humanos” e inserido pela primeira vez na lista de produtos com potencial para causar a doença.

Após uma longa revisão de evidências científicas sobre o adoçante, realizada neste mês e com base em 1,3 mil estudos publicados sobre seu potencial danoso à saúde, tudo indica que no próximo dia 14 de julho será anunciada a nova decisão. Além disso, na mesma data  também será apresentado um documento do Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para Agricultura e Alimentação, o JECFA, sobre o uso de aditivos alimentares. 

Desde o início da década de 1980, essa entidade classifica o aspartame como seguro, mas fontes afirmaram à Reuters que as conclusões de ambos os órgãos são “complementares”. Outra motivação para a reclassificação do produto seria a proposta de fomentar mais estudos sobre o adoçante, que é largamente utilizado por pessoas que querem diminuir o consumo de açúcar – inclusive sem abrir mão de bebidas industrializadas -–, embora o aspartame seja fonte de pesquisas em diferentes partes do mundo. 

No Brasil, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) se manifestou defendendo o adoçante. “A Abid corrobora a segurança para consumo do aspartame, um dos ingredientes mais pesquisados da história, com mais de 90 agências de segurança alimentar que comprovam seu uso seguro.”

Aumenta os riscos de diabetes e doenças cardiovasculares

No mês passado, a OMS publicou uma nova diretriz onde se posicionou contra o uso dos adoçantes sem açúcar com o objetivo de redução de peso corporal por adultos e crianças. Após uma revisão de evidências científicas sobre o tema, a entidade informou que, além de não apresentar benefícios para o emagrecimento em longo prazo, os resultados sugerem que o consumo prolongado pode levar ao risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.

Produtos com aspartame

A substância está presente em alimentos sem açúcar, como doces, além de bebidas gasosas e lácteas, devido ao seu poder de adoçar superior ao do açúcar branco, porém sem calorias. Os produtos que contém o composto usualmente são aqueles que são classificados como dietéticos (diet no rótulo) ou sem açúcar. Em caso de dúvidas se o produto possui algum composto basta ler o rótulo. Dentre eles, veja lista daqueles que podem ter aspartame em sua composição:

  • Refrigerantes
  • Sucos prontos e em pó
  • Chás industrializados
  • Chicletes
  • Iogurtes
  • Gelatinas
  • Pães
  • Barras de cereal
  • Preparados prontos para café ou cappuccino


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