Como evitar dor de ouvido após banho de piscina ou de mar

Também chamada de “otite de nadador”, a otite externa está relacionada ao contato frequente e prolongado com a água

Alguns cuidados podem evitar problemas no ouvido após banho de mar ou piscina | Reprodução/Internet
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Dor de ouvido é um problema recorrente nos meses de verão. E o motivo é, justamente, o contato frequente e prolongado com a água, nos banhos de mar e de piscina, o que nos torna mais propensos a inflamações ou infecções no aparelho auditivo. Não é por acaso que a otite externa aguda é também chamada de “otite de nadador”. 

Esse tipo de infecção, conforme a médica otorrinolaringologia Dra. Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista, é decorrente da proliferação de bactérias ou fungos, ocasionada pelo acúmulo de umidade no ouvido. No entanto, não é preciso deixar de tomar banho de mar ou de piscina, basta tomar os cuidados necessários.

“A otite externa acomete, especificamente, o conduto auditivo. Isto é, o canal que começa na parte externa da orelha e vai até a membrana do tímpano. Ela provoca uma dor muito intensa nesse canal, que é constituído de osso e cartilagem, e tem a função de direcionar e amplificar as ondas sonoras que chegam até o ouvido. Os pacientes, em geral, têm a sensação de que estão com água no ouvido e a percepção de sons abafados", resume Cristiane. 

Características da otite externa  

Dentre as principais características que diferenciam a otite externa das demais existentes, a especialista destaca a ausência de febre. "Diferentemente da otite média, que também é muito comum e costuma estar associada a quadros de gripe e resfriado, a otite externa não tem essa relação. A causa quase sempre está vinculada ao contato prolongado com a água. Por isso, é mais comum no verão, quando as pessoas geralmente vão à praia, piscina." 

Esportistas aquáticos, contudo, devem ter atenção ao problema o ano inteiro, alerta a médica. A começar pela secagem adequada dos ouvidos, após a conclusão das atividades na água, e pela manutenção de uma boa higiene auricular. O uso de cotonetes também deve ser evitado, segundo a Dra. Cristiane. 

Imunidade e diabetes

A especialista também faz um alerta em relação à baixa imunidade e ao diabetes, que também podem estar associados a quadros de otite.  "Embora estejam mais distantes do cotidiano de atletas e esportistas, existe, sim, essa relação e é importante destacar. Quem tem um sistema imunológico comprometido, de certo, vai ter maior chance de desenvolver uma infecção. E, no caso específico da otite externa, o diabetes pode também ser uma das grandes causas predisponentes", observa a Dra. Cristiane. Portanto, visitar o otorrinolaringologista regularmente é sempre recomendável. 

Os principais cuidados indicados pela médica a quem deseja evitar a otite externa: 

1. Após nadar ou praticar esportes aquáticos, seque cuidadosamente os ouvidos com uma toalha ou use um secador de cabelo no modo frio e com uma distância segura. 

2. Evite o uso de cotonetes ou objetos pontiagudos dentro do ouvido, pois eles podem causar lesões ou empurrar a cera para o fundo do canal auditivo.

3. Mantenha uma boa higiene auricular, limpando suavemente a parte externa da orelha com um pano macio.

4. Se você sentir dor, coceira, desconforto ou perda de audição, consulte um médico para avaliação e tratamento.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES