Conheça doença rarissíma detectada em hospital do Rio de Janeiro

Caso se tornou público após ser apresentado por médicos do Hospital Municipal Salgado Filho (HMSF) no 17° Congresso Europeu Colorretal

O divertículo gigante do cólon (DGC), afeta homens e mulheres na mesma proporção | Reprodução: Internet
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Um caso raro de divertículo gigante do cólon (DGC) foi diagnosticado em um homem de 62 anos no Rio de Janeiro. A doença, considerada raríssima, tem apenas 200 casos registrados em todo o mundo na história. O quadro do paciente se tornou público após ser apresentado por médicos do Hospital Municipal Salgado Filho (HMSF) no 17° Congresso Europeu Colorretal, que ocorreu em dezembro, na Suíça, e publicado na revista científica European Surgery – Acta Chirurgica Austríaca.

Mas afinal, o que é essa condição rara?

Considerado uma complicação rara da doença diverticular do cólon, o divertículo gigante do cólon (DGC), afeta homens e mulheres na mesma proporção. Esses divertículos são pequenas bolsas que se formam com o passar dos anos na parede do cólon, com maior incidência entre os 35 e 90 anos.  Existe uma estimativa de que sete entre cada dez pessoas terão divertículos depois dos 70 anos de idade, embora na maioria dos casos, sejam inofensivos. 

O real problema é quando essas bolsas inflamam ou são infectadas, o paciente pode evoluir para um quadro de diverticulite, uma inflamação na parede interna do intestino que causa dores abdominais, sensibilidade principalmente na parte inferior esquerda do abdômen, inchaço ou gases, febre e calafrios, náusea e vômitos, falta de apetite e alimentação insuficiente.

Esses divertículos costumam medir até 4 cm e em quadros mais raros, chegam a 9 cm. No caso do paciente do HMSF, no Rio de Janeiro, os médicos encontraram uma formação inflamatória de 13 cm na região abdominal. A condição rara é constatada justamente pelo tamanho exagerado do divertículo.

Como ocorre o diagnóstico?

Quase sempre casos de doença diverticular do cólon acabam sendo assintomáticos, ou seja, sem sintomas, o que dificulta bastante a identificação do problema. “O diagnóstico requer alto grau de suspeita clínica”, afirmam médicos da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em um artigo publicado em 2010.

Os exames de imagem como raios X de abdômen, tomografia computadorizada, ressonância magnética e enema opaco são os mais indicados para o diagnóstico. Alguns exames de sangue, como hemograma e proteína C reativa (PCR), também são indicados. O exame de colonoscopia não deve ser feito em casos de suspeita de divertículo do cólon pois pode perfurá-los, agravando o quadro.

Sintomas

Os pacientes acometidos pela condição podem apresentar dor abdominal, constipação intestinal (prisão de ventre) ou diarreia, sangue nas fezes, náusea, vômito e febre. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, o paciente procurou a emergência do hospital com queixas de dores abdominais e perda de peso, problemas que persistiam há cerca de dois meses.

Uma tomografia computadorizada mostrou que ele tinha uma massa flácida, palpável e dolorosa no flanco esquerdo do abdome. Mas foi o tamanho dessa massa que chamou a atenção do médico Leonardo Fiuza, responsável pelo atendimento laboratorial, e levou ao diagnóstico da síndrome rara.



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