Danilo Gentili revela diagnóstico tardio de autismo; conheça os sintomas

Revelação do apresentador vem um ano após seu diagnóstico e ocorreu durante uma entrevista em seu programa “The Noite”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja 70 milhões de pessoas com o TEA no mundo, sendo cerca de 2 milhões somente no Brasil | Reprodução: Internet
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Na última segunda-feira (23), Danilo Gentili revelou em seu programa de entrevistas The Noite, do SBT, que foi diagnosticado com autismo há mais de um ano. A revelação partiu no momento em que o apresentador entrevistava Amanda Ramalho, convidada da noite, quando falavam do diagnóstico tardio de autismo que ela recebeu recentemente.

Danilo Gentili revelou que também foi diagnosticado há pouco mais de um ano: “Sabia que eu também fui [diagnosticado]?”. Amanda, surpresa, ainda questiona: “Sério?”. E ele confirma. No entanto, o humorista ainda revelou que não procurou se aprofundar no seu diagnóstico de autismo. “Se eu sou autista ou não, não quero saber. Pra mim, eu sou assim e já era”, argumentou ele se dizendo desinteressado em investigar mais sobre sua condição.

 Enquanto Amanda explicava muitas de suas características, Danilo foi confirmando que ele é exatamente igual. “É pesado tentar ter a vida social que precisa ter”, disse ele sobre sua socialização. Amanda ainda confirma mais uma vez: “Você está ironizando?”. E o entrevistador confirma mais uma vez que está falando sério: “Não, não estou [ironizando]. Estou falando!”.

Outro ponto apontado por Danilo Gentili foi a banalização do transtorno. “Hoje, todo mundo que tem um ou outro distúrbio, pensa ‘fora da caixinha’, está recebendo diagnóstico de autista. Aí eu não quis dar muita moral”, explicou ele se referindo a ainda não ter revelado seu diagnóstico publicamente, até aquele momento.

Danilo Gentili entrevistando Amanda Ramalho no programa de TV "The Noite", no SBT.

Diagnóstico tardio cada vez mais frequente

O diagnóstico do TEA (Transtorno do Espectro Autista) tem sido cada vez mais comum em adultos. A descoberta, ainda que na fase "madura" da vida, ajuda a tornar a vida mais leve, fazendo com que pessoas que viveram anos se sentindo diferentes e deslocadas, entendam a sua condição. Esse transtorno pode ser classificado em 3 níveis de suporte:

  • Nível 1: popularmente conhecido como "leve", quando o indivíduo precisa de pouco suporte.
  • Nível 2: o nível "moderado", cujo grau de suporte necessário é razoável.
  • Nível 3: conhecido como autismo severo, quando o indivíduo necessita de muito suporte.

Mas o que leva ao diagnóstico tardio?

O diagnóstico tardio de autismo é frequentemente causado pela falta de acesso a informações, ao sistema de saúde e por dificuldades emocionais ou financeiras dos pais. Além disso, a resistência ao diagnóstico e o estigma associado às condições neuro divergentes podem impedir que algumas crianças sejam avaliadas.

Geralmente, os diagnósticos tardios estão relacionados a casos leves de autismo, em que as pessoas conseguem levar uma vida autônoma e funcional. Muitas vezes, esses indivíduos conseguem "disfarçar" sua condição e só procuram ajuda quando alguém questiona aspectos de seu comportamento social. 

Quais são os sinais de autismo?

As características típicas do autismo em adultos incluem:

  • Dificuldade em reconhecer emoções;
  • Desafios na interação social;
  • Alta sensibilidade sensorial;
  • Rigidez mental e dificuldade em compreender pistas sociais;
  • Adultos autistas frequentemente enfrentam problemas na socialização e na interpretação de comunicações não verbais;
  • Hiperfoco no trabalho;
  • Aversão a mudanças na rotina;
  • Hipersensibilidade a estímulos sensoriais, como ruídos altos, também são sinais comuns.

Além desses indícios, o autismo em adultos é frequentemente associado a comorbidades psicológicas, como ansiedade, depressão, TDAH, TOC e irritabilidade emocional, bem como a problemas fisiológicos, como distúrbios gastrointestinais, distúrbios do sono, epilepsia e dificuldades motoras.



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