Entenda quando comprar se torna um vício e onde encontrar ajuda
- Educação financeira
A realidade dos devedores compulsivos é um recorte extremo da situação preocupante em que vive a maior parte das famílias brasileiras
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Não sabem nem para quem devem: Um traço em comum entre as pessoas ouvidas pela reportagem foi a dificuldade em visualizar a dimensão real de suas dívidas nos momentos mais críticos.
"Muitas vezes a pessoa não sabe nem para quem deve, e temos dificuldade em identificar todos os credores", diz Guilherme Farid, diretor-executivo do Procon-SP.
Falta de educação financeira piora situação: A falta de educação financeira ajuda a agravar o problema de quem tem impulso em gastar. Sem conhecer os mecanismos de crédito, a pessoa acaba recorrendo a produtos com juros altíssimos, como o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito, ou contraindo dívidas sem saber quanto vai pagar no total.
Há dois fatores principais que contribuem para o superendividamento, diz a economista Cristina Helena Pinto Mello, professora da ESPM e especializada em comportamento do consumidor.
"O primeiro é a ausência de educação financeira. A pessoa não entende direito o que está fazendo e se fixa só na parcela mensal. O segundo é o consumismo, que faz com que as pessoas não queiram adiar o consumo, elas querem agora e não pensam se podem ou devem comprar", explica.