Essas 3 bebidas do seu dia a dia podem te deixar demente, diz estudo

Um novo estudo, publicado no periódico científico Springer Nature, comprovou a influência do consumo de bebidas açucaradas no desenvolvimento de demência. A análise demonstrou que, ao contrário do que muitos pensam, a bebida é tão importante quanto a comida, especialmente quando se trata da saúde do cérebro.

Ao menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos têm alguma forma de demência no Brasil, aponta o Ministério da Saúde. O estudo analisou a dieta de 186.622 participantes do UK Biobank – um banco de dados online de registros médicos e de estilo de vida – entre as idades de 37 a 73 anos, ao longo de uma década.

Detalhes do estudo

Os responsáveis pela pesquisa descobriram que bebidas com altos níveis de açúcares livres – aquelas para as quais o açúcar é adicionado durante o processo de fabricação, como sucos de frutas, bebidas de leite saborizadas e refrigerantes de alto teor de gordura – aumentam significativamente o risco de demência. 

Sim, as bebidas de frutas, mesmo aquelas contendo açúcares naturalmente presentes, também foram associadas à doença, mas em menor grau. Por outro lado, o consumo de chá e café não apresentou qualquer risco.

Como o açúcar pode afetar o cérebro?

A causa deste fenômeno ainda não tem total compreensão dos especialistas. Contudo, algumas pesquisas sugerem que o consumo excessivo de açúcar pode causar inflamações no corpo, que estão associadas a doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.

O estudo também pontuou que o açúcar consumido na forma líquida é mais prejudicial do que o presente em alimentos sólidos. Isso porque o cérebro não registra calorias de açúcar líquido da mesma forma que as de alimentos sólidos. 

O fato de ingerir calorias líquidas não provoca a sensação de saciedade, fazendo com que o indivíduo acabe consumindo mais e aumentando o risco de ganho de peso. Por fim, estudiosos ressaltam o papel de um estilo de vida saudável na prevenção da demência. Ter uma dieta equilibrada e sem excesso de açúcares ainda é a principal recomendação dos especialistas.