Esse hábito muito comum pode te levar a desenvolver TDAH, diz estudo

O transtorno afeta mais de 2 milhões de brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA)

Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade | Reprodução: Internet
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Você sabe o que é o TDAH? Esse termo tem ganhado espaço nos debates sobre transtornos relacionados à saúde mental. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.

Desde que começou a ser debatido com frequência em pautas sociais, a condição tem sido historicamente definida como um distúrbio genético como citado anteriormente, no entanto pesquisadores descobriram agora que mudanças no estilo de vida e certos hábitos mais tarde na vida podem tornar o TDAH um transtorno adquirido.

Sim, você pode adquirir o distúrbio através de hábitos em sua rotina. É o que diz um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, que concluiu que os smartphones podem ser parcialmente culpados. Os resultados relacionaram as pessoas que usam seus smartphones por duas ou mais horas por dia a um risco 10% maior de desenvolver o transtorno.

Para alcançar essa conclusão, os responsáveis pelo o estudo acompanharam 2.587 adolescentes de 15 e 16 anos no início do estudo e sem sintomas de TDAH, por 24 meses. Houve uma associação significativa entre maior frequência de uso de mídia digital moderna e sintomas subsequentes de TDAH. No entanto, os pesquisadores dizem que mais pesquisas são necessárias para determinar se essa associação é causal.

Qual a explicação para tal ligação?

Esse transtorno está principalmente ligado a crianças, com a possibilidade de uma criança crescer e superá-lo. Porém, as distrações criadas pelos smartphones envolvendo redes sociais, mensagens de texto, streaming de música e filmes ou TV parecem estar criando uma epidemia de TDAH entre os adultos.

Os pesquisadores acreditam que a mídia social  ao bombardear as pessoas com informações constantes, fazem com que elas façam pausas frequentes em suas tarefas para verificar o telefone e ver se alguém comentou ou gostou de sua postagem. Dessa forma, as pessoas que passam seu tempo usando tecnologia não permitem que seu cérebro descanse e se concentre em uma única tarefa.

Além disso, os autores da pesquisa acreditam que as distrações combinadas podem fazer com que os adultos desenvolvam períodos de atenção mais curtos e se distraiam facilmente, o que pode evoluir para TDAH. A doença é caracterizada por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade que podem interferir no funcionamento diário e no desenvolvimento acadêmico ou profissional de uma pessoa.

De acordo com o estudo, as evidências sugerem que a tecnologia afeta a função e o comportamento do cérebro, levando ao aumento dos sintomas de TDAH, incluindo inteligência emocional e social prejudicada, dependência de tecnologia, isolamento social, desenvolvimento cerebral prejudicado e sono interrompido.

Outras evidências

Um estudo separado realizado em 2018 concentrou-se em saber se os smartphones contribuíram para que os adolescentes desenvolvessem sintomas de TDAH ao longo de dois anos. Esse estudo descobriu que 4,6% dos 2.500 estudantes do ensino médio que disseram não usar mídia digital desenvolveram frequentemente sintomas do transtorno ao final do estudo. Enquanto isso, 9,5% dos adolescentes que relataram usar as redes sociais com frequência no início do estudo apresentavam sintomas de TDAH quando o estudo foi concluído.



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