Estudo descobre como prever demência 10 anos antes e você pode comemorar

No Brasil, cerca de 1,2 milhão pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano

Estudo mostrou que esse diagnóstico precoce pode ocorrer mais de uma década antes da confirmação da doença | Reprodução: Internet
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Uma nova análise publicada recentemente na revista Nature Aging, trouxe à tona um exame de sangue congelado capaz de diagnosticar a demência antes do surgimento dos sintomas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente a demência afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo e esse número aumenta a cada 3 segundos. 

Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população. Esse cenário mostra que a doença caracteriza uma crise global de saúde que deve ser enfrentada. 

Proteínas podem prever a demência anos antes

A pesquisa foi conduzida por pesquisadores do Reino Unido e da China e mostrou que esse diagnóstico precoce pode ocorrer mais de uma década antes da confirmação da doença. Os resultados do estudo mostraram que os indivíduos cujo sangue continha níveis mais altos das proteínas GFAP, NEFL, GDF15 e LTBP2 tinham mais chances de desenvolver Alzheimer, demência vascular ou outras demências.

E não parou por aí. Os indivíduos com níveis elevados de GFAP, proteína que fornece suporte estrutural às células nervosas, tinham 2,32 vezes mais probabilidade de desenvolver demência. Na análise, foram avaliadas 52.645 amostras de sangue oriundas do biobanco de pesquisa do Reino Unido, coletadas entre os anos de 2006 e 2010. Deste total, 1.417 pessoas desenvolveram diferentes formas de demência.

Baseado nesses dados, os pesquisadores compararam as amostras de sangue desses indivíduos com as das pessoas que permaneceram saudáveis. Então, eles identificaram 1.463 proteínas ligadas a essas condições, classificando-as de acordo com a probabilidade de predizer a demência.

O que muda com a descoberta?

Essa nova descoberta demonstra um grande avanço na medicina e suscita a aceleração no desenvolvimento de novos tratamentos para a demência. Atualmente, a detecção dessas enfermidades ocorre por meio de exames de imagem cerebral, que têm um custo elevado e nem sempre estão cobertos por planos de saúde. Por isso, a possibilidade de identificar pacientes em risco usando um simples teste de sangue é uma mudança significativa.

O autor principal do estudo, Jian-Feng Feng, da Universidade Fudan em Xangai, destaca que negociações estão em curso para o desenvolvimento comercial de um teste de sangue baseado em suas descobertas. Entretanto, é importante ressaltar que essa pesquisa ainda não passou por uma validação independente. Mas a evolução na identificação precoce da demência passa a representar um grande passo no tratamento da doença.



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