Médicos alertam para tratamento de obesidade infantil

Crianças têm sofrido cada vez mais com a doença: dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, de 2019, apontam que uma em cada três crianças (de 5 a 9 anos) está acima do peso, sendo 5% delas diagnosticadas com obesidade infantil grave.

Avalie a matéria:
Obesidade infantil | ALTO ASTRAL
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Muito tem se ouvido falar sobre obesidade, já que ela é considerada uma comorbidade e seus portadores são grupo de risco para a Covid-19. No entanto, essa condição vem apresentando números exacerbados há muitos anos e não acomete apenas adultos.

Conforme mostram pesquisas recentes, as crianças têm sofrido cada vez mais com a doença: dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, de 2019, apontam que uma em cada três crianças (de 5 a 9 anos) está acima do peso, sendo 5% delas diagnosticadas com obesidade infantil grave.

Embora o resultado expressivo seja de dois anos atrás, a endocrinologista pediátrica Maria Luiza Azevedo, do Hospital Anchieta de Brasília, acredita na piora do cenário durante a pandemia e isolamento social. "As crianças se encontram com tempo maior de tela do que o indicado de duas horas por dia, mais sedentárias e estressadas, com sono irregular e alimentação pior em qualidade e quantidade", afirma.

Pais devem ficar em alerta para tratar obesidade infantil. (Foto: 

ALTO ASTRAL)

A médica alerta que esse ganho excessivo de peso não é um fator de preocupação apenas para a Covid-19, mas também por predispor outras patologias, como hipertensão arterial e diabetes tipo 2. Por isso, ela ressalta a importância de cuidar do quadro: "é muito importante que os pais e cuidadores tentem melhorar essa rotina como um todo e continuar o acompanhamento com o pediatra e equipe multidisciplinar, de modo a prevenir a obesidade infantil".

Prevenção e tratamento

Olhar para a alimentação dos pequenos é a chave desse tratamento. Além de escolher alimentos saudáveis e ricos em nutrientes, optando sempre por verduras, frutas e legumes, e reduzindo o consumo de industrializados, vale ainda mudar os hábitos alimentares.

Ficar longe de celulares, tablets e televisões durante a refeição, aumentar o consumo de água e comer menos e melhor por mais vezes ao dia são algumas dicas nutricionais para ajudar nessa jornada de mudança do estilo de vida da criança.

Para a nutricionista Adriana Stavro, encorajar dietas saudáveis e explorar maneiras de aumentar a atividade física (considerando as restrições decorrentes da pandemia), são estratégias simultâneas para mitigar o ganho de peso.

Assim, é fundamental entender que essa prática se refere a qualquer movimento corporal que produza gasto energético acima dos níveis de repouso e não apenas a exercícios e esportes, segundo a coordenadora plena da Bodytech Asa Norte, Daniela Lopes. 

"É importante que a criança pratique atividades desportivas para melhorar a saúde e a socialização, porém, deve-se tomar cuidado com as consequências de uma  atividade física ou treinamento precoce e sem um acompanhamento adequado", alerta a profissional.

Daniela explica que os exercícios aeróbicos são essenciais no auxílio do processo de perda de peso corporal, como, por exemplo, caminhada rápida, corrida, pular corda, ciclismo e natação. Ela garante ainda que os benefícios vão além do emagrecimento, trazendo contribuições para as esferas emocional e social. 

Portanto, a promover movimentação e reeducação alimentar, criando condições objetivas para sua realização, são os principais componentes de uma vida mais saudável entre crianças e adolescentes. "É de extrema importância cultivar desde a infância a necessidade da prática regular desses hábitos, destacando seus benefícios ao longo da vida", conclui a coordenadora.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES