Mulher que enfrentou câncer no cérebro duas vezes alerta sinal ignorado

Empreendedora de 44 anos ignorou sinal que a alertou sobre tumor no cérebro

Gilmara não tinha histórico de câncer na família e foi pega de surpresa pelo primeiro diagnóstico | Reprodução: Internet
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Gilmara Bertini, de 44 anos, enfrentou um tumor no cérebro duas vezes. Nas duas vezes que foi acometida pela doença, os tumores eram semelhantes e apareceram no lado direito do órgão, mas com uma diferença: um espaço de 13 anos. O primeiro sinal que a empreendedora sentiu foi uma sensação muito conhecida por todos: o formigamento.

Gilmara não tinha histórico de câncer na família e foi pega de surpresa pelo primeiro diagnóstico. “O médico pediu uma tomografia e eu só pude fazer no dia seguinte. O resultado apontou um tumor, e já fiquei no hospital internada. Quatro dias depois, fui encaminhada para a cirurgia”, conta. Especialistas da área apontam que o formigamento ou dormência é um sintoma comum de pessoas que têm um tumor cerebral. 

A perda de equilíbrio, dificuldade de audição e alterações nos sentidos de forma geral também são indícios de câncer neurológico. “Eu tinha 29 anos e estava me sentindo bem. Mas passei três dias sentindo um formigamento constante na parte esquerda do corpo que começou a me incomodar. Nunca imaginei que fosse um sintoma de câncer, só percebi quando estava relaxada”, lembra.

Segundo o neurocirurgião Iuri Neville, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, os principais sintomas não estão associados ao tipo de tumor e, sim, à área do cérebro onde a lesão se desenvolve e à agressividade do seu comportamento biológico. “Esses são os principais fatores que determinam quais funções nervosas podem ser afetadas e, portanto, as reações neurológicas que podem surgir”, enfatiza o especialista.

A empreendedora tinha um oligoastrocitoma de grau 2. Além da cirurgia, ela precisou fazer quimioterapia e radioterapia. Tumores deste tipo têm uma tendência a reincidir, ou seja, reaparecer após um tempo. “Os médicos me falaram que se passassem 10 anos e ele não voltasse, dificilmente eu voltaria a ter câncer. Acreditei, mas o meu reapareceu 13 anos depois”, conta Gilmara.

Segunda vez, após 13 anos

“Eu já tinha relaxado. Achei que estava em paz, mas segui fazendo os exames de acompanhamento. Um dia, eu estava na cozinha de casa cozinhando e tive uma convulsão. Quando recuperei a consciência, estava nos braços do meu marido e disse para ele marcar um neuro — eu sabia que o câncer tinha voltado”, afirma. A primeira experiência com o câncer de cérebro foi muito traumática para Gilmara, mas ela decidiu que a segunda vez seria diferente.

“Não tive desespero. Fui brincando, cheguei no hospital e pedi para o médico aproveitar que ia abrir a minha cabeça e colocar um chip para me ensinar a falar inglês. Queria fazer aquilo de forma leve, não tive medo”, conta a empreendedora. Ela não quis fazer radioterapia, mas passou por um ano de quimioterapia. O tratamento acabou no final de 2022. “Hoje, graças a Deus, posso dizer que estou bem”, celebra ela.



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