O que deixa o fígado gorduroso? Conheça 4 fatores de risco dessa condição

De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro do Fígado em novembro de 2021, a população brasileira apresenta uma grande incidência de gordura no fígado, cerca de 30% dos habitantes

Depósito de gordura no fígado leva a esteatose hepática, uma condição com risco de vida | Reprodução: Internet
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A gordura no fígado é uma condição bastante frequente, que pode não apresentar sintomas, mas causa danos ao órgão. O acúmulo de gordura no fígado é chamado de esteatose hepática. A condição ocorre quando as células do órgão são infiltradas por gordura. Especialmente quando mais de 5 a 10% do fígado é composto por gordura, é necessário diagnosticar a causa e iniciar tratamento.   

Esteatose hepática

Existem diversas causas para a gordura no fígado, como uso crônico de álcool, diabetes, aumento de triglicérides, uso de certos medicamentos, colesterol alto, hepatite crônica B e C e certas hepatopatias autoimunes. Atualmente, a causa mais comum dessa situação no mundo é conhecida como Fígado Gorduroso Não Alcoólico, identificado pela sigla inglesa de NALFD (No Alcoholic Fatty Liver Disease). Com isso em mente, é fundamental saber identificar os hábitos ou os fatores que favorecem o depósito de gordura no fígado.

Fatores de risco

  • Excesso de peso

O excesso de peso é o principal culpado por trás da deposição de gordura no fígado. O índice de massa corporal deve ser sempre monitorado. Especialistas em saúde dizem que um IMC de mais de 25 aumenta o risco de desenvolver esteatose hepática.

  • Diabetes

Diabetes aumenta o risco de fígado gorduroso. Pelo menos metade das pessoas que vivem com diabetes tipo 2 tem doença hepática gordurosa não alcoólica, segundo a Mayo Clinic. A doença hepática gordurosa pode até desempenhar um papel na diabetes tipo 2. Se a pessoa tem ambas as condições e o diabetes tipo 2 fora de controle, pode piorar a doença hepática gordurosa.

  • Nível alto de triglicerídeos

O alto nível de triglicerídeos está associado à doença hepática gordurosa não alcoólica. Alguns relatórios de saúde também dizem que um triglicerídeo alto pode ser um indício de que a pessoa já tem doença hepática gordurosa. Nível de triglicerídeos acima de 150 mg/dL é considerado alto.

  • Mau hábito alimentar

A dieta pouco saudável é outra razão pela qual as gorduras se depositam no fígado. Comer tarde, pular refeições, não ter um intervalo ideal entre duas refeições pode aumentar o risco de esteatose hepática. O Ministério da Saúde ainda chama a atenção para outros fatores de risco, tais como: síndrome do ovário policístico, hipotireoidismo, síndrome metabólica, apneia do sono, acúmulo de gordura abdominal. Pessoas que se encaixam nesse grupo de risco devem devem fazer consultas médicas periódicas para avaliar a necessidade de monitorar a quantidade de gordura no fígado.

Tratamento

Em caso de NALFD, uma das patologias hepáticas mais comum no mundo hoje, acredita-se que 10 a 40 % da população esteja acometida dessa enfermidade e ainda não existe uma droga específica para o tratamento.   É uma doença multifatorial, a maioria ligada a síndromes metabólicas, como obesidade, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e dislipidemia.  

O tratamento envolve o controle das situações supracitadas, acrescidas de atividade física e perda de peso. Caso não haja esse controle, haverá uma evolução da esteatohepatite para   cirrose e ou até hepatocarcinoma. A NALFD é uma das grandes causas de transplante hepático no mundo.  O controle da obesidade mórbida, inclusive por meio da cirurgia bariátrica, bem como o controle das doenças metabólicas, pode significar a cura da esteatose.



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