Esqueça o burburinho de que ele é uma fraude porque não existe uma planta chamada canola. De fato, ela foi criada artificialmente a partir de outra matéria-prima vegetal. Daí a dizer que faz mal são outros quinhentos.
“A história começou com a busca de um óleo rico em ômega-3, para o qual foi utilizada uma planta, a colza”, contextualizada o endocrinologista Bruno Halpern, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. A questão é que a tal da colza tem ácio erúcico. “E ele é tóxico”, diz o químico Renato Grimaldi, da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp.
Para eliminá-lo, houve uma modificação genética e, aí, a composição da nova planta (batizada de canola) ficou positiva: cheia de ômega-3, gordura protetora do peito, e quantidades irrisórias do ácido erúcico. Só que o fato de ser um grão transgênico ainda assusta muita gente. “Se fosse perigoso, não teria a aprovação de vários órgãos internacionais nem estaria no mercado há anos”, tranquiliza Grimaldi.
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