Você come? Componente desses alimentos causam estragos no intestino

Um novo estudo soou o alarme sobre a potencial “má influência” desses aditivos comuns

O principal componente responsável por essa função se chama “lantibiótico” | Reprodução: Internet
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Você já parou pra pensar o que causa a longa vida útil a salsicha, cheddar ou até mesmo para aquele molho picante utilizado em saladas? O principal componente responsável por essa função se chama “lantibiótico”. Esses antimicrobianos naturais matam patógenos perigosos, prevenindo doenças de origem alimentar. 

Mas segundo novas pesquisas, essa não é a sua única função visto que também são capazes de eliminar indiscriminadamente bactérias benéficas ao intestino. Um estudo recente da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, soou o alarme sobre a potencial “má influência” desses aditivos comuns.

O risco dos componentes artificiais

Há milênios existe o hábito de adicionar substâncias antibacterianas aos alimentos como conservantes naturais. Esses ingredientes, como sal, açúcar e vinagre, impedem o crescimento microbiano problemático. Recentemente, os alimentos processados incorporaram versões sintéticas com nomes de ficção científica, como sorbatos e benzoatos.

Os lantibióticos representam a última geração de complementos antimicrobianos. A mais popular é a nisina, encontrada em tudo, desde cerveja até molhos de queijo. Descoberta pela primeira vez no leite de vaca, a nisina vem de bactérias especiais que também residem no trato digestivo humano. Nesse local, esses micróbios secretam pequenas proteínas chamadas peptídeos que compartilham semelhanças estruturais com os antibióticos.

Essas espécies produtoras de nisina eliminam os microrganismos infecciosos do próprio intestino e com isso surge o problema. Ao mesmo tempo que destroem inimigos como Salmonella e Listeria, os lantibióticos também poderiam eliminar regimentos inteiros de micróbios que mantêm nosso sistema digestivo funcionando. Os autores do estudo revelaram que, juntamente com as doenças de origem alimentar, estes conservantes devastam rapidamente muitas colônias de bactérias benéficas que vivem simbioticamente dentro de nós.

Micróbios do bem são bem-vindos

O microbioma refere-se ao exército de microrganismos que habitam lugares como os nossos intestinos. Embora normalmente associamos bactérias a doenças, muitos germes são essenciais para a saúde humana. A flora intestinal compreende mais de 70% do nosso sistema imunológico. 

Ela é responsável por expulsa patógenos nocivos, decompõem nutrientes, produzem vitaminas essenciais e até influencia o humor e o comportamento através do “eixo intestino-cérebro”. Prejudicar esse delicado equilíbrio pode causar estragos. Por exemplo, eliminar demasiadas bactérias com antibióticos generalizados permite que superbactérias resistentes aos medicamentos se estabeleçam ali. 

Se demasiados parasitas forem mortos indiscriminadamente por conservantes alimentares antimicrobianos, bactérias patogénicas oportunistas poderão tomar o seu lugar e causar estragos”, escrevem os investigadores.



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