Com Esperança Garcia no enredo, Mangueira é campeã das escolas no Rio

Escola vence com enredo que recontou história brasileira com heróis negros e índios.

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A Estação Primeira de Mangueira é a campeã do Carnaval 2019 do Rio de Janeiro. A escola apostou no enredo politizado "Historia para ninar gente grande". Com o samba mais badalado do Carnaval 2019, a Mangueira entrou na avenida com pinta de favorita. Com um desfile de visual irrepreensível e evolução emocionada, a verde e rosa saiu da Sapucaí aos gritos de campeã. Desde os primeiros momentos, o desfile arrebatou o público.

A escola homenageou Esperança Garcia na Marquês de Sapucaí, primeira advogada do Piauí. Neste sentido, coube a rainha de bateria da agremiação Evelyn Bastos representar essa mulher forte do Piauí, que deu voz aos excluídos e ficou marcada para sempre no Estado. “Ela foi considerada a primeira mulher advogada do Piauí. É importante em muitos aspectos. A Esperança Garcia na minha fantasia representa o pobre, o favelado e, sobretudo, a mulher negra, porque nosso comprovante de residência já sofre um preconceito.Mas resolvemos retratá-la em forma de rainha. É uma homenagem”, disse ela.

Crédito: Marcos Serra Lima/G1

Crédito: Marcos Serra Lima/G1

Crédito: Marcos Serra Lima/G1

A escola volta à Sapucaí no próximo sábado (9) para o Desfile das Campeãs, junto com as outras cinco primeiras colocadas do Grupo Especial. 

O DESFILE DA MANGUEIRA 

O samba-enredo do carnavalesco Leandro Vieira trouxe luz em personagens importantes que praticamente não foram abordados pelos livros de história, como Dandara, Luiza Mahin e Sepé Tiaraju. Dois dos maiores nomes do samba desfilaram pela Mangueira na Sapucaí. Alcione representou Dandara, uma guerreira negra do período colonial que preferiu o suicídio a voltar a viver como escrava. Já Nelson Sargento surgiu na avenida como Zumbi dos Palmares.

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Homenageada em São Paulo pela Vai-Vai e no Rio pela Vila Isabel, Marielle Franco (PSOL) também se fez presente na Mangueira. A viúva da vereadora, Mônica Benício, desfilou na ala especial e apareceu com uma camiseta escrita "lute como Marielle". Quem também esteve no desfile foi o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). 

A bateria e a comissão de frente, que tiraram a escola da disputa do título em 2018, tiveram novos comandantes este ano.  Na comissão de frente, assinada por Rodrigo Negri e Priscila Mota, os personagens da história oficial foram anões e tinham seus livros rasgados por índios e negros. A cantora mirim Cacá Nascimento, que participou da gravação do samba ainda nos tempos de disputa, surgiu com um livro novo, nas cores da Mangueira, e abriu a palavra "presente", levando a plateia ao delírio.  

A bateria de Mestre Wesley foi outro destaque. Com uma bossa em que uma marcha militar vira um típico batuque africano, fez as arquibancadas explodirem em delírio. Ao final, um bandeirão do Brasil nas cores da escola, carregado por ativistas, clamava pela igualdade. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus Olivério e Squel Jorgea, teve um desempenho irrepreensível, o que refletiu nas notas: receberam 10 de todos os jurados. 

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1

Crédito: Rodrigo Gorosito/G1



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