Mangueira fecha Desfile das Campeãs seguido de 'bloco do arrastão'

Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, disse que viu durante a semana uma enxurrada de ataques à escola

A jovem Cacá Nascimento, destaque da comissão de frente da Mangueira, erguendo faixa em homenagem a Marielle | Foto: GABRIEL MONTEIRO / Agência O Globo
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Com o compromisso de tirar a poeira de fatos que marcaram a história do Brasil, a Estação Primeira de Mangueira, grande vencedora do Carnaval 2019, arrebatou a Marquês de Sapucaí no encerramento do Desfile das Campeãs. Como atrás da verde e Rosa só não vai quem já morreu, a escola, que conquistou seu vigésimo título, arrastou centenas de foliões no tradicional "bloco do arrastão". Emocionado com o título, o carnavalesco Leandro Vieira disse que saiu tudo como imaginava, e mesmo com o clamor dos componentes para que ele fique na escola, não confirmou se permanência em 2020 na agremiação.

— Não tem nada decidido. Não sei se ficarei na escola, porque a presidência da escola muda no mês que vem — justificou Vieira, que venceu dois campeonatos em quatro anos no Grupo Especial.

Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, disse que viu durante a semana uma enxurrada de ataques à escola:

—As críticas fazem sermos melhores. Mas os ataques fizeram o nosso enredo ter uma importância maior ainda porque, além de passarmos a história para quem precisava ouvir, conseguimos oprimir os preconceituosos.

O ator Antonio Pitanga, homenageado este ano no enredo da Porto da Pedra, na Série A, desfilou como empurrador de carro na verde e rosa. E sua filha Camila Pitanga veio desfilando em ala.

Carnavalesco deve ficar no Salgueiro

Enquanto a festa rolava, as especulações sobre o troca-troca de carnavalescos continuava. Na Cidade do Samba, ventila a informação do retorno do carnavalesco Cauê Rodrigues à Imperatriz Leopoldinense. O profissional, que este ano trabalhou na Santa Cruz , da Série A, foi carnavalesco da Rainha de Ramos entre 2013 e 2018. O retorno é especulado porque, além de desfilar pela Imperatriz, o artista acompanhou o desfile das campeãs ao lado de Simone Drummond, filha do bicheiro Luizinho Drummond, presidente da Imperatriz.

— Desfilei pelo carinho que eu tenho com a escola. Foi um convite do Seu Luiz. Não tem (conversa para voltar a trabalhar) — desconversou Cahê sobre o retorno à agremiação.

Na Mocidade, o carnavalesco Alexandre Louzada, que já deixou a escola como O GLOBO anunciou nesta sexta-feira, não desfilou. Porém, a comissão de frente, comanda por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, está renovada. Entre os trabalhos, está o Aladim voador da comissão de frente de 2017, quando a verde e branco da Zona Oeste foi campeã.

— Somos uma família na escola. Vamos ficar — adianta Saulo Finelon.

No acadêmicos do Salgueiro, o atual presidente da Salgueiro, André Vaz, disse que o carnavalesco Alex de Souza deve renovar:

— Já está 99% definido que ele fica. Nós queremos é ele também. Só precisamos sentar e conversar.

A ex-presidente do Salgueiro, Regina Celi Fernandes, que recentemente foi retirada do cargo por decisão judicial, também compareceu ao Desfile das Campeãs. Ela disse que muita água ainda vai rolar e prometeu lutar para voltar ao cargo:

— A luta para retomar a presidência da minha escola ainda não acabou. Muita coisa ainda vai acontecer. Os salgueirenses podem esperar que para o ano que vem terão muitas surpresas.

A provocação de Regina foi rebatida pelo presidente do Salgueiro.

— Posso dizer que nossa escola fez em dois meses um carnaval campeão. Estou muito satisfeito. Agora, sobre a Regina. Não quero falar sobre ela. Pra mim ela faz parte do passado da nossa escola. E ela faz o que quiser — disse Vaz.

Ao contrário do desfile oficial, Elza Soares não desfilou pela Verde e Branco de Padre Miguel.

Problemas no som

Nem só de festa foi a noite. O sistema de som da Sapucaí falhou em diversos momentos. Durante o desfile da Mocidade, o som parou de funcionar no final da apresentação. Os problemas voltaram a acontecer no Salgueiro.

Em um camarote, o homenageado pela Porto da Pedra em homenagem aos 60 anos de carreira, o ator Antonio Pitanga disse que a escola de São Gonçalo, terceira colocada na Série A, merecia uma posição melhor por ter homenageado à cultura brasileira:

— A maior alegria de um artista é, num tempo Dionisíaco que é o sambódromo, ser homenageado. É uma plateia que um ator nunca teve. Ser aplaudido por uma cultura genuinamente brasileira. Por acaso fui eu, mas a cultura foi homenageada. Fiz mais mais de 40 novelas, filmes. Agradeço à Porto da Pedra.

Eduardo Paes brinca na Portela

O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes se jogou na bateria da Portela, a terceira escola a se apresentar. Conhecido por ser amante do carnaval, e da escola de Oswaldo Cruz, Paes esteve sumido durante os desfiles oficiais.

— Amo o meu Rio. Amo a Portela!

O político assistiu a escola passar no primeiro recuo da Marquês de Sapucaí ao lado da rainha de bateria Bianca Monteiro.

Vila Isabel e Viradouro também desfilaram na noite das campeãs.



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