Após protestos, Governo anuncia medidas contra corrupção no País

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, anunciaram ontem o envio ao Congresso de um pacote de medidas do Governo

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Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, falaram ontem após as manifestações que ocorreram em todo o País.

Os dois consideraram os protestos normais para a democracia e apontaram lições retiradas da inquietação: a necessidade urgente de uma reforma política profunda, que crie mecanismo para barrar a corrupção acabando com o financiamento privado de campanha; ressaltaram que o Governo está adotando medidas que serão anunciadas nos próximos dias visando a

retomada do desenvolvimento, da geração do emprego e do combate a inflação; lembraram ainda que os manifestantes têm em comum o desejo de se combater a corrupção e anunciaram que o Governo enviará ao Congresso, nos próximos dias, um conjunto de medidas nesse sentido.

“É por isso que o Governo, que tem uma clara postura de combate à corrupção, irá anunciar algo que já era uma promessa eleitoral da presidente Dilma Rousseff, que é um conjunto de medidas de combate à corrupção e à impunidade”, anunciou Cardozo.

A proposta, de acordo com o ministro, será enviada para o Congresso antes do prazo prometido pela presidente Dilma durante campanha eleitoral, que era de seis meses. “Há questões que exigem uma pactuação entre poderes distintos”, disse Cardozo.

Segundo ele, essas medidas ainda não tinham sido enviadas ao Congresso porque necessitavam de ampla análise técnica e jurídica, inclusive porque algumas delas não podem ser de iniciativa do Poder Executivo. No entanto, Cardozo disse que a formulação delas já está em ponto avançado e, por isso, será possível divulgá-las em breve.

Cardozo disse ainda ser “indiscutível” a necessidade de uma mudança no atual sistema político-eleitoral. “É a porta de entrada principal para a corrupção”, descreveu ele, que voltou a enfatizar a posição do governo a favor de uma reforma política. “Não é mais possível financiamento empresarial de campanhas empresariais”, apontou.

“Precisamos fechar imediatamente as portas para atos de corrupção”.
“Esse governo combate a corrupção. O executivo corrige erros, quem julga são as polícias e o poder judiciário”, acrescentou o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

Datafolha contesta PM e aponta 210 mil na Paulista

A manifestação realizada ontem em São Paulo levou 210 mil pessoas à Av. Paulista, no centro da capital, segundo o Instituto Datafolha. O número de pessoas presentes diferem do divulgado anteriormente pela Polícia Militar de São Paulo que disse haver 1 milhão de manifestantes na principal avenida da capital. O número do Datafolha se refere à quantidade de pessoas diferentes que, em algum momento do dia, foram à manifestação.

No horário de pico deste domingo, às 16h, o instituto registrou 188 mil pessoas na Paulista. Atos não políticos já registraram números maiores, contudo: a Marcha para Jesus levou 335 mil pessoas às ruas em 2012, enquanto a Parada Gay do mesmo ano atraiu 270 mil.

Segundo a PM, sua medição usa "recursos de mapas e georreferenciamento, baseadas nas imagens aéreas colhidas por um dos helicópteros Águias, determinando a extensão principal da manifestação, bem como, a ocupação das ruas adjacentes adotando como parâmetro de cálculo, naquele momento, de 5 pessoas por metro quadrado".

Deputado é hostilizado pelos manifestantes

O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi hostilizado pelos manifestantes que acompanhavam um dos caminhões da Força Sindical. Paulinho, que também é o presidente da central, tentava usar o protesto de ontem para angariar apoio popular a um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Ele falaria depois do ex-jogador Ronaldo. Quando ia começar a falar, voltou atrás após sofrer vaias e xingamentos.

Desceu do caminhão e seguiu em direção a um quiosque, na esquina da paulista com augusta, onde o partido pedia assinaturas para um abaixo-assinado pelo impeachment de Dilma.

"Desisti. Pra você ver como esse governo acabou com tudo, até com a classe política", disse Paulinho. Ele disse que falou com senador Aécio Neves (PSDB-MG) por volta das 13h30 para avaliar as manifestações pelo País.

 



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