Debate: Vereadores querem intermediar solução para camelôs no HGV

A vereadora Rosário Bezerra (PT), o vereador R. Silva (PP) e o advogado Gilberto Ferreira participaram de debate nesta terça-feira, dia 20, de debate no Jornal Agora sobre a polêmica retirada dos camelôs do entorno do Hospital Getúlio Vargas (HGV). A Prefeitura de Teresina se recusou a enviar representante para o debate na TV Meio Norte.

Rosário Bezerra ressaltou que o problema da retirada dos ambulantes é da Prefeitura. "O Governo do Estado não tem se negado ao diálogo, mas quando se trata da ocupação de calçadas tem que ser de responsabilidade da Prefeitura. A solução deve ser o encaminhamento desses vendedores para o Pólo de Saúde. Todos tem que sentar e encontrar uma solução, mas a decisão cabe a Prefeitura", disse Rosário Bezerra.

O vereador R. Silva propôs intermediar um grupo de discussão para encontrar a solução do problema, com a participação de representantes da Secretaria de Saúde, Fundação Municipal de Saúde e a SDU Centro/Norte. "A situação é bastante complicada porque os vendedores não se tem nenhuma segurança de que vão se manter por lá hoje ou amanhã, queremos que estado e prefeitura dêem um tratamento melhor a essas pessoas. Não admitimos que a Prefeitura que teve dinheiro para reformar a Avenida Frei Serafim, gasta mais de R$ 15 milhões no Shopping do Cidadão, não possa encontrar uma saída justa para 150 pais de família que estão lá há mais de 10 anos", disse R. Silva.

E o advogado GIlberto Ferreira destacou que os ambulantes sempre estiveram no entorno do Hospital Getúlio Vargas e precisam de uma garantia da Secretaria de Saúde. "Eles estão lá porque nunca existiu comércio formal para atender os familiares dos doentes que estão lá. Foi se proposto uma reforma, mas não se pensou nas pessoas que vivem no entorno do HGV. Os pobres saem de lá e não sabem se vão poder voltar, na madrugada a construtora cercou o hospital com os tapumes. Eu não entendi como essa reforma é interna e estão tirando os camelôs da parte externa. O poder público precisa ter sensibilidade porque essas pessoas precisam manter sua fonte de rendimento", disse Gilberto Ferreira.