Ministro Gilmar Mendes pede votação no STF da ação que derruba redução da bancada do Piauí

Ministro Gilmar Mendes pede votação no STF da ação que derruba redução da bancada do Piauí

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Margarete Coelho fala sobre decisão do TSE | Divulgação
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Do arquivamento para a aprovação unânime do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim foi a tramitação, na noite de ontem, da Resolução Nº 23.389/2013 que reduz o número de deputados federais das bancadas do Piauí e de mais sete estados do Brasil. O processo havia sido arquivado após o Congresso Nacional aprovar o Decreto Legislativo Nº 424/2013 que manteve a atual formação da bancada do Piauí. Pela decisão de ontem, o Piauí perde dois deputados federais - caindo de 10 para oito - e seis deputados estaduais - de 30 para 24.

?Esse processo estava arquivado. A gente dava como resolvido há muito tempo. Nosso trabalho foi para que o TSE tomasse conhecimento da decisão do Congresso. Pra gente, estava resolvido, tem seis meses que a decisão foi tomada pelo Congresso?, contou a deputada estadual Margarete Coelho, que acompanha a ação impetrada pela Assembleia Legislativa do Piauí contra a redução das vagas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última sexta-feira, dia 23, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, solicitou o desarquivamento da Resolução 23.389/2013. Na sessão administrativa de ontem, o presidente apresentou questão de ordem e foi derrubada a decisão do Congresso. ?A questão de ordem foi apresentada e votada sem qualquer possbilidade de defesa. Não teve discussão?, relatou Margarete.

O caminho para a reversão da redução da bancada é a votação da ação impetrada pelo Piauí no STF. ?O ministro Gilmar Mendes já pediu para que a ação seja colocada em pauta. Nós haviamos pedido para que ela fosse votada há muito tempo. Eu penso que a votação deve acontecer na próxima sessão do STF. Nós passamos um ano, toda terça-feira, junto ao TSE. Todo mundo muito focado nessa votação, mas nunca conseguimos colocar em pauta, todos os nossos parlamentares se envolveram. E de repente isso sai do congelador para ser votado. A gente não acreita mais em coelhido da páscoa. Há uma pré-determinação para resolver a questão de forma definitiva. O porque desse momento eu não sei. O porque da votação ocorrer depois que os ministros Marco Aurelio, Carmem Lúcia e Gilmar Mendas saíram do TSE eu também não sei. Isso são perguntas que a gente faz?, afirmou Margarete.

ENTENDA O CASO

Por unanimidade, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ratificou, na sessão administrativa de ontem a noite, a Resolução da Corte N° 23.389/2013, que redefiniu a distribuição do número de deputados federais por unidade da Federação e, como consequência, a composição das assembleias legislativas e da Câmara Distrital. Os efeitos da norma haviam sido suspensos pelo Decreto Legislativo Nº 424/2013, aprovado pelo Congresso Nacional, mas com a decisão desta terça-feira voltam a valer.

A decisão do Plenário foi tomada na análise de uma questão de ordem em petição apresentada pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, acompanhando o voto do presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli. Os ministros entenderam não ter validade para as Eleições de 2014 o referido decreto legislativo por força do princípio da anualidade eleitoral (art. 16 da Constituição Federal), segundo o qual a lei que alterar o processo eleitoral não poderá ser aplicada ao pleito que ?ocorra até um ano da data de sua vigência?.

O Plenário ainda entendeu que somente uma lei complementar ? aprovada por maioria absoluta das duas casas do Congresso ?, e não um decreto legislativo ? aprovado por maioria simples ?, poderia suspender os efeitos da resolução do TSE, já que esta fora editada em cumprimento ao estabelecido pela Lei Complementar n° 78/1993.



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