Professores: Governo só fará nova proposta se receber recursos do MEC

Professores: Governo só fará nova proposta se receber recursos do MEC

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O governador Wilson Martins afirmou ontem que vai tentar um novo acordo com os professores após a categoria recusar proposta de reajuste escalonado de 22% a ser implementado até outubro. Ele alertou que uma mudança na proposta só será possível se o Governo do Estado receber algum aporte extra de recursos do Ministério da Educação.

?Eu pedi para que os professores tivessem paciência para que pudéssemos avaliar como ia ficar nossa arrecadação. Agora (com a recusa da proposta) vamos adiar o envio do projeto de reajuste para a Assembleia Legislativa e tentar um novo acordo com a categoria. Só vamos poder aumentar a proposta se houver alguma complementação do Fundeb pelo Governo Federal?, disse Wilson.

Os professores reivindicam que o aumento seja dado de forma imediata, sem o parcelamento proposto pelo Governo do Estado, além da manutenção do pagamento da regência e o repasse dos valores retroativos ao mês de janeiro para toda categoria, não apenas para os professores que recebem o piso. ?Nós vamos procurar novamente o governo do estado para que possamos melhorar a proposta considerando que a categoria rejeitou?, disse Odeni Silva, presidente do Sinte.

BRASÍLIA - O governador Wilson Martins acompanhado do senador Wellington Dias e da bancada petista piauiense na Assembleia Legislativa do Piauí terão audiência com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante hoje para discutir repasse de recursos para investimentos em educação no Piauí. A bancada elaborou proposta para ser apresentada ao ministro e espera receber repasse no valor de R$ 40 milhões. O dinheiro seria aplicado para pagar o piso nacional do magistério e reajuste de 22,22% para as demais categorias como reivindica o Sinte.

FUNDEB - O deputado es tadual Fábio Novo discursou ontem repercutindo o andamento das negociações do Governo do Estado com os professores em greve. Ele mostrou dados do Ministério da Educação e do Banco do Brasil que, segundo ele, comprovam que o Governo do Estado vem fazendo o possível para garantir um reajuste que o Estado possa pagar.

De acordo com o deputado, o aumento de repasses do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica), no primeiro quadrimestre de 2012, não alcançaram o percentual esperado e o Governo não poderia garantir o reajuste pleiteado pelos professores. Os professores da rede estadual estão em greve há mais de 60 dias.

Fábio Novo disse que no primeiro quadrimestre de 2011 foram liberados R$ 217 milhões do Fundeb. No mesmo período de 2012 foram liberados R$ 222 milhões. ?O que chega a um aumento de apenas 3,3%?, informou o parlamentar. Os dados foram fornecidos pelo Banco do Brasil, que mantém a conta específica de repasse do Fundeb.

Fábio defendeu a postura do governador Wilson Martins em oferecer um reajuste de 22% para os professores classe A e de 8% para as demais categorias porque segundo ele é o valor que o Governo tem condições de pagar. Outro dado levado à tribuna pelo deputado foi o da queda no número de matrículas da rede estadual de ensino. Segundo ele em cinco anos houve uma queda de 50 mil matrículas. Em 2007 eram 343 mil alunos matriculados na rede. Em 2011 esse número baixou para 293 mil. Fábio Novo lembrou que a queda no número de matrículas se deve não a incompetência do Governo e sim a queda na taxa de natalidade. ?Temos que lembrar que os recursos do Fundeb são repassados com base no número de alunos matriculados?, afirmou o deputado.

Fábio Novo chamou atenção para a promessa do governador Wilson Martins de que com o desafogamento das finanças do Estado uma nova negociação para aumentar o percentual de reajuste seria retomada. ?Agora que houve um aumento de 1% no limite prudencial dos gastos do Estado o governador retomou a negociação como se viu durante todo o final de semana?, acrescentou o deputado.



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