Wellington Dias chora e diz que sai de cabeça erguida do Karnak

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O petista Wellington Dias deixou o discurso escrito e os dados técnicos de lado e se despediu ontem do cargo de governador liderando um evento carregado de emoção no salão nobre do Palácio de Karnak. Wellington lembrou que quando foi eleito pela primeira vez governador, em 2002, pedia a Deus que só lhe permitisse chegar ao cargo caso fosse capaz de honrar com a confiança do povo e que agora cumpre sua missão e sai de cabeça erguida da sede do governo do Piauí.

"A única coisa que eu queria era sair daqui pela porta da frente e olhar nos olhos da minha família e de qualquer pessoa, sem ter vergonha. Hoje acredito muito mais no meu Estado. Nesse momento percebemos que essa disputa por cargos não faz sentido, e o que vale é melhor a vida do outro. Nesse sentido tenho a certeza do dever cumprido", disse Wellington Dias com a voz embargada pela emoção para logo em seguida ser aplaudido pelo povo que lotava o Palácio de Karnak.

Wellington Dias ressaltou que o salto de desenvolvimento piauiense não seria possível se não tivesse o apoio do presidente Lula. Ao falar do companheiro de partido, confidente nos momentos de indefinição do seu futuro político, o governador chorou. "Nada seria possível se não tivesse Lula no Palácio do Planalto. É um amigo que contribuiu muito para tomada de uma decisão que foi importante para mim como líder de um partido", disse o ex-governador do PT.

Wellington Dias contou que na semana passada inaugurou obras de asfaltamento e construção de hospital na cidade de Curralihos. No local, conheceu um senhor a que se identificou como Raimundo, de 60 anos. Wellington Dias fez questão de contar na sua despedida do cargo as impressões do senhor sobre o governo do Estado. "Eu nunca votei em você, e também nunca vivi um governo bom, mas quero dizer que o seu é bom. E a partir de agora não quero mais experimentar governo ruim", relatou Wellington Dias completando que o êxito da sua administração não pode ser creditado a uma pessoa, ou a um partido, mas apenas a união de forças que fizeram tornar realidade o que parecia impossível no Piauí.

"Nessa semana durante a reunião de despedida do nosso secretariado uma manifestação do companheiro Antônio José Medeiros me deixou emocionado. Ele elegeu o Coronel Prado como um dos mais importantes gestores do Governo. No passado, era impensável ver uma liderança petista elogiando um chefe da polícia, isso mostra como nosso governo soube lhe dar com as diferenças", disse Wellington Dias destacando ainda que manteve relação com todos os prefeitos, deputados e inclusive com a oposição a quem agradeceu pelo exercício da missão de fazer melhorar a gestão estadual no Piauí.

AGRADECIMENTO AO PT ? Wellington Dias aproveitou para agradecer aos líderes petistas que, segundo ele, apesar de discutirem as questões do partido na esfera pública sempre tomaram as decisões pensando no povo do Piauí. "Queria agradecer a confiança do PT, que muitas vezes não é entendido por ser tão aberto, mas as posições do partido apontam para o amadurecimento da relação com as outras siglas da base do Governo", completou Wellington Dias. Ele agradeceu especialmente aos companheiros Fábio Novo e Antônio Neto.

ALERTA PARA WILSON - Wellington Dias fez questão de recomendar ao seu substituto a adoção de prudência quanto aos gastos públicos, tendo em vista a necessidade de compromisso com a estabilidade financeira do Estado. "Não estamos deixando os cofres cheios de dinheiro, no começo do ano alertei que esse é um período de desafio e a palavra de ordem é a responsabilidade, a necessidade de se ter cuidado com cada decisão. O estado está equilibrado, mas requer cuidado", alertou Wellington Dias.

BENÇÃO DE DEUS ? Wellington Dias suspendeu o seu discurso e pediu para que sua esposa Rejane Dias, que é evangélica, celebrar uma oração de agradecimento pela trajetória dos aliados no Governo. Para a roda religiosa foram convidados Vinícius Dias, filho de Wellington; o substituto Wilson Martins; a sua esposa Lílian Martins, que é deputada estadual; e os filhos do casal Rafael e Vítor, e foi feito ainda uma menção a Wilson Filho, que morreu vítima de acidente automobilístico em 2008. Em seguida, Wellington Dias puxou uma oração do pai nosso com todos os presentes no Palácio de Karnak.



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