Cinthia Lages

Notícias Direto de Brasília

Exclusivo Aprovação de proposta brasileira na ONU poderia ter salvo 3.250 crianças

Se os Estados Unidos não tivessem vetado a resolução, milhares poderiam ter sido salvas

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A ausência de voto do Governo dos Estados Unidos foi o suficiente para que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse uma pausa humanitária para proteger crianças e levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Se ao invés de vetar a proposta apresentada pelo Brasil, no dia 18 de outubro, o país tivesse adotado a mesma posição de hoje, 3.250 crianças poderiam ser sido salvas. Este é o número estimado de menores de 12 anos que morreram entre as duas propostas.

Ao longo dos 28 dias que separam as duas resoluções e a mudança de posição dos Estados Unidos, todos os dias,116 meninos e meninas  perderam a vida. Quase 5 mortos por hora . O cálculo feito pelo blog utiliza o dado divulgado pelo UNICEF ( Fundo das Nações Unidas para Crianças), no dia 18/10,  data em que o Brasil apresentou a proposta de cessar-fogo, rejeitada elos Estados Unidos. O balanço divulgado pela ONU apontava 4 mil mortos em ataques realizados sobre a Faixa da Gaza desde o dia 7, quando soldados do Hamas invadiram o território de Israel. Desse número, 1500 crianças e 1.400 mulheres, além de 12, 5 mil feiridos.

Nesta quarta, 15, data da realização da nova reunião do Conselho da ONU, o Ministério da Saúde de Gaza informou que o número de mortos chega a 11.500 , incluindo 4.710 crianças, além de 29.800 feridos nos bombardeios israelenses

"Gaza tornou-se um cemitério para milhares de crianças e adolescentes. E é um inferno em vida para todos os outros", declarou James Elder, porta-voz do UNICEF, na conferência de imprensa realizada no final do primeiro  mês de guerra. De lá para cá, a situação se agravou: as crianças foram mortas em bobardeios feitos em campos de regugiados, escolas e hospitais. Relatos da ONG Medicos Sem Fronteiras denunciavam que 11 bebês que estavam em incubadoras não sobreviveram so desligamento dos aparelhos, provocado pela falta de energia elétrica no maior hospital de Gaza.

Nas redes sociais, contas como @PalestinaHoy, @unicefpalestine, além de jornalistas independentes e emissoras como a Al Jazeera têm divulgado o drama das crianças ferias e mortas pelas forças de defesa de Israel. As cenas mostram crianças em estado de choque, chorando a ausência dos , sendo submetidas à cirurgia sem anestésico, além de corpos mutilados no necrotério de hospitais. Até aqui, as cenas chocantes não impactaram o governo de Joe Biden.

E não são apenas os bombardeios. Segundo o UNICEF, mais de um milhão de crianças e adolescentes de Gaza também enfrentam uma crise hídrica. "A capacidade de produção de água de Gaza é de apenas 5% da sua produção diária habitual. A morte de meninas e meninos – especialmente de bebês – devido à desidratação é uma ameaça crescente", explicou o porta-voz. A fata de água potável em Gaza chegou a afetar as famílias de brasileiros até que eles foram repatriados, como confirmou a médica da FAB, a Taís Nascimento, que fez o acompanhamento dos repatriados durante a viagem de volta ao Brasil, na última segunda-feira.

VETO DA MORTE

Para aprovação de uma proposta no Conselho de Segurança da ONU são necessários pelo menos 9 votos dos 15 países membros do órgão. No entanto, não pode haver qualquer veto. Apenas 5 países têm o direito de vetar um texto: Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França. O presidente Luís Inácio Lula da Silva defende mudanças no dispositivo para evitar impasses como o que aconteceu no Conselho de Segurança da ONU.




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