Cinthia Lages

Notícias Direto de Brasília

Exclusivo Assembleia do Piauí é única a anunciar ato pelos 60 anos do golpe militar

Iniciativa do deputado Ziza Carvalho prevê sessão solene e presença do último preso político do país, na próxima segunda

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Preso e torturado pela ditadura militar, o ex-lider estudantil pernambucano Edval Nunes Cajá será um dos homeneados com a Sessão Solene alusiva aos 60 anos do golpe militar no Brasil. O ato oficial, proposto pelo deputado estadual ZIza Carvalho (MDB) e aprovado pelo presidente da Alepi. Franzé Silva (PT), é um dos únicos previstos no país para marcar a passagem do golpe de 31 de março de 1964. . O presidente Lula, em aceno aos militares - com os quais uer se aproximar - decidiu que o Governo não realizaria nenhum evento referente à data. "Vivemos recente uma nova tentativa de derrubada do regime democrático. Isso não pode ser esquecido”, justifica o parlamentar

Além  das homenagem a pessoas que foram perseguidas pela ditadura militar, a Alepi também inaugura uma exposição fotográfica referente aos anos de perseguição militar, uma forma de preservar a Memória da resistência à crueldade do regime que governo o país por 30 anos.

Último preso político do país

O ano era 1978. O estudante Ciências Sociais na Univesidade Federal de Pernambuco Edval Nunes Cajá, participava do movimento estudantil e era integrante da Comissão de Justiça e Paz, criado por Dom Helder Câmara, então arcebispo de Olinda e Recife (PE). O jovem foi sequestrado e, durante 3 dias, submetido às sessões de tortura. Depois disso, foi mantido em cárcere privado por 12 meses.

Cajá foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, acusado de organizar o Partido Comunista Revolucionário (PCR). Sua prisão arbitrária teve repercussão internacional e desencadeou um movimento de resistência que atraiu personalidades brasileiras, como a cantora Elis Regina. De passagem por Recife, a artista participou de uma cerimônia religiosa presidida por Dom Helder, em apoio à Cajá. Nos shows que fez na cidade, foiimpedida de falar de Cajá,  pelos agentes da ditadura mas encontrou uma maneira de curlar a censura. Elis chamava o  baterista da plateia ao palco: “Vem CÁ, JÁ. Não posso começar o espetáculo sem você”. Cajá foi o último preso político libertado durante a ditadura militar.



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