Cinthia Lages

Notícias Direto de Brasília

Exclusivo Bastidores da aliança PT/PSDB envolveu 2 ministros, 3 governadores e Aécio

Acordo foi “costurado” por iniciativa do pré-candidato Fábio Novo mas decisão final teve comunicado até para lideranças do PP

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A escolha do Auditório da Plug Propaganda - agência responsável pela imagem das gestões tucanas, na capital, como local para anúncio de apoio de líderes do PSDB à candidatura petista para a Prefeitura de Teresina - teve o simbolismo que o grupo queria transmitir, como também o desfecho de uma negociação envolvendo os ministros Wellington  Dias, Alexandre Padilha e o presidente do PSDB Nacional, Marconio Perilo. A conversa on-line, que selou a aliança aconteceu no último sábado (17), contou com a presença do governador Rafael Fonteles (PT) e o ex-deputado tucano, Luciano Nunes.

A aliança histórica começou a ser costurada por iniciativa de Fábio Novo ao procurar Luciano Nunes, sendo este um defensor da candidatura própria do PSDB na capital. Diante da inviabilidade da empreitada, Nunes se dispôs a conversar com o adversário. Ele consultou colegas próximos e percebeu que havia possibilidade para seguir adiante. A condição imposta se deu com o aval da Direção Nacional. A primeira conversa com Perillo foi intermediada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Em seguida, foi a vez do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias (PT) expor a situação política da capital para o Presidente Nacional do PSDB e como os dois partidos poderiam trabalhar juntos para superar as diferenças ideológicas em nome do desejo de "reconstruir Teresina". Com o acordo ganhando forma, Rafael Fonteles conversou com os governadores tucanos Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE). Para fechar a articulação nacional, Dias também telefonou para Aécio Neves.

PSDB de volta 

Resolvida a questão nacional, a aliança local dá sobrevida ao PSDB e garantia de apoio nas eleições para a Câmara Municipal, com o partido elegendo pelo menos um vereador e retornando à assembleia, onde não tem representante. Uma resolução do PSDB Nacional dá garantia de que a aliança, anunciada nesta segunda-feira (19), será referendada pelo diretório estadua e ocorrerá em cidades acima de 100 mil habitantes.

Outro movimento revela o quanto as negocições evidenciaram a busca por aval por parte de Luciano Nunes. O ex-deputado comunicou sua decisão ao sendor Ciro Nogueira (PP) e ao deputado federal Júlio Arcoverde. O objetivo é fazer o anúncio apenas depois que os atuais aliados compreenderem as circunstâncias que levaram à decisão. Em 2020, a ala firminista apoiou as candidaturas progressistas para o governo do estado e para o Senado. Nunes chegou a ser cogitado como candidato a vice em uma chapa que seria formada com o ex-prefeito Silvio Menes, o União Brasil.

Firministas e opositores do PT presentes

O ato que também marcou a retiradada da pré-candidatura de Nunes e o consequente apoio à Novo levou 15 ex-secretários de Firmino, além de parlamentares da base governista recém-chegados, como Marden Meneses (PP) e Bárbara Soares (PP).

"Existem pelo menos 50 ex-secretários de diferentes gestões que também estão apoiando", diz o vice-presidente do PSDB-PI, Francisco Canindé.

O ex-deputado estadual e conselheiro aposentado do TCE, Luciano Nunes, opositor histórico do PT, também comparece ao ato. "Eu não devia estar aqui. Mas vim apoiar meu filho que nunca me decepcionou", justifica. "E sei que essa decisão é motivada por convicção", finaliza.



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