Cinthia Lages

Notícias Direto de Brasília

Caixa: 75% dos diagnósticos de empregados apontam doenças mentais

Depressão, ansiedade, burnout são as principais causas de afastamentos por licenças médicas

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Sede da Caixa em Brasília | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A morte de Sérgio Ricardo Faustino Batista, que ocupava a diretoria de Controles Internos e Integridade da Caixa Econômica Federal em Brasília, revive as questões envolvendo crimes de assédio sexual e moral que teriam sido protagonizados pelo ex-presidente Pedro Guimarães. Em nota de solidariedade, o presidente da  Fenae (Federação Nacional dos Empregados da Caixa)  Sérgio Takemoto revela que o anúncio de mudanças na instituição não se confirmaram.  "Nós observamos que não há nada de novo”,  aponta.

Dentre as "mudanças" anunciadas pela nova president, Daniela Marques, está a transferência das denúncias de assédio para o  Conselho de Administração. A Fenae questiona a isenção do órgão pois, segundo Takemoto,  "dos sete membros, apenas um é escolhido pelos empregados e o restante, indicado pelo governo". Pesquisa realizada com 3034 trabalhadores e  divulgada em  março deste ano revela condição preocupante de adoecimento dos empregados. 

Os resultados apontam que  

1- 80% dos empregados da ativa disseram que o trabalho afeta sua saúde.

2-  A pressão e ansiedade, além da dificuldade de superar problemas no trabalho, são situações contínuas para mais de 50% dos empregados da ativa.

3- 20% deles extrapolam a jornada de oito horas diárias.

4- 60% informaram ter sido vítimas de assédio moral ( crescimeno de 7% em relação a 2018) 

Um dos aspectos mais preocupantes da pesquis  diz respeito à saúde mental dos trabalhadores da Caixa. As doenças mentais correspendem a 75% dos casos relatados e são a principal causa de afastamento por licença médica. Os principais diagnósticos são :  33% por depressão, 26% por ansiedade, 13% pela síndrome de burnout e 11% por síndrome do pânico. Alguns depoimentos aparecem no escopo da pesquisa divulgada no site da instituição. Para proteger a identidade, aparecem com nomes fiectícios

. “Sempre trabalhava além do horário, até 12 horas direto. Comecei a sentir insônia, ansiedade, perda de apetite, baixa autoestima” Luis Roberto (nome fictício), gerente de carteira há alguns anos, diagnosticado com a síndrome de burnout, doença também conhecida como síndrome do esgotamento profissional.

 "O luto foi um sentimento constante no banco. 41% dos bancários da ativa vivenciaram a perda de algum colega da Caixa para a doença. 71% perderam amigos ou conhecidos. Para 24% a perda foi entre familiares.

Mais de 90% dos empregados da ativa sentem muita pressão no trabalho 20% dos empregados da ativa trabalham mais de 8 horas por dia. 8% trabalham sem controle de jornada 6% estão afastados do trabalho por licença médica "

Fonte: fenae.org



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