Após discurso de Lula, Átila Filho diz que PP caminha para um entendimento

Por Rany Veloso

Prestes a se aliar com o governo, o Partido Progressistas (PP) do ex-ministro Bolsonaro Ciro Nogueira, está acertando os ponteiros com o governo Lula. É a avaliação do deputado federal Átila Lira Filho (PP-PI), que defendeu Bolsonaro na campanha, mas nunca foi um dos radicais. Além da boa relação com o atual governador petista do Piauí, Rafael Fonteles, Átila prevê um convívio harmônico com o presidente Lula.

"Acredito que foi um ótimo passo para que a gente possa ter um Congresso Nacional e a presidência da da República em alinhamento e fazer com que o Brasil avance", responde ao blog sobre o discurso de Lula nesta sexta-feira (06), na abertura da primeira reunião com os 37 ministros. O presidente da República disse que terá a melhor relação com o Congresso Nacional. Uma posição diferente do último governo petista, o de Dilma Roussef, que criou inimigos no Legislativo pela falta de diálogo.

De acordo com uma fonte, 70% do PP deve seguir independente no primeiro ano de governo Lula e 30% mais radical. É nesta última porcentagem que devem estar Ciro Nogueira e Júlio Arcoverde, o outro deputado federal eleito pela sigla no Piauí.

Sobre a posição do PP com o governo, Átila acredita em uma aproximação natural até pelo fato do PT já ter declarado apoio à reeleição de Lira.

"Hoje, existe um debate interno, onde caminha para um entendimento com o governo. A gente hoje tá focado na eleição para a presidência da Câmara e o PT é parte fundamental nesse processo. Então existe um debate, não há nada oficialmente ainda,  mas a maioria do partido caminha para um entendimento com o governo, mas isso a gente discutirá em breve nos próximos dias", ressalta.

"TEMOS QUE MANTER UMA BOA RELAÇÃO COM O CONGRESSO NACIONAL", DIZ LULA AOS MINISTROS

"Eu vou fazer a mais importante relação com o Congresso que eu já fiz (...) Cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado e deputada, senador ou senadora. Senão quando a gente vai pedir um voto, eles vão dizer: não, pois fui no ministério e nem me receberam. Eu não quero isso. Nós temos que saber que nós é que temos que manter uma boa relação com o congresso nacional. Não tem importância que você divirja de deputados e senadores. Quando vamos conversar, não estamos propondo em casamento", destaca o presidente.