Governadores ameaçam comprar vacinas sem ser via Ministério da Saúde

Por Rany Veloso

O governador do Piauí tem cobrado do governo federal o cronograma detalhado de vacinação contra a Covid - 19 no Brasil. Wellington Dias que coordena no Fórum Nacional de Governadores do Brasil a temática de vacina e preside o Consorcio Nordeste, diz que governo federal precisa dizer o que vai comprar, quanto vai comprar e de quem vai comprar as vacinas para imunização de mais de 220 milhões de brasileiros.

Pois, caso o governo não apresente um cronograma que atenda a demanda de imunização dos mais de 220 milhões de brasileiros, os governadores através do Fórum Nacional de Governadores e Consorcio Nordeste irão se movimentar para comprar as doses necessárias.

Pelo Consórcio Nordeste já há uma negociação para aquisição de 50 milhões de doses da vacina Sputnik V, cuja eficácia é superior a 90%. Negociação formalizada pelo governo da Bahia. Pois a época em se concretizou intenção o Consorcio Nordeste estava em processo de institucionalização.

Os governadores cobram ainda um afinamento no diálogo  do governo brasileiro com o governo da China ( garantindo cronograma de compra e de entrega de doses de IFA - 100 milhões para Butantã e 100 para milhões Fiocruz). Além também, que se abra diálogo com governo da Rússia para que possamos viabilizar a liberação da Sputnik V no Brasil.

WELLINGTON DIAS CONVOCA OS OUTROS GOVERNADORES PARA MEDIDAS MAIS RESTRITIVAS ATÉ O CARNAVAL

No Piauí um decreto já foi publicado e entra em vigor a partir de amanhã (29). 

Dias tenta explicar o motivos das medidas mais rígidas, como fechamento de bares e restauranres mais cedo. “Os governadores do Nordeste estamos juntos adotando medidas voltadas para prevenção e para cortar a transmissibilidade e com um olhar especial para esse período de carnaval. Por que? Invariavelmente em diferentes regiões de Saúde de cada estado tivemos o crescimento da transmissibilidade, crescimento na ocupação de leitos, tanto leitos clínicos, como leitos de UTI. E é aqui, em leitos de UTI onde mora o maior problema, porque tudo está acontecendo numa velocidade muito grande. Então, nós adotamos medidas que por exemplo suspende o ponto facultativo para esse período  de feriado, medidas relacionadas a barreiras em aeroportos, entrada nos estados para garantir mais restrição a setores que podem gerar aglomeração, a chamada “Lei Seca”.

14 ESTADOS JÁ ADERIRAM A DECRETOS MAIS RESTRITIVOS ATÉ O CARNAVAL

"Cada estado tem autonomia para adotar medidas na proporção, na dosagem da realidade do seu estado. Mas o lado bom: já são 14 estados no Brasil que também estão abraçando essa ideia de trabalharmos num horizonte que varia dessa semana até o dia 21, no domingo após o carnaval. Queremos trabalhar para que mais estados possam estar juntos nessa missão de cortar transmissibilidade, evitar pressão na rede hospitalar com redução da doença, e principalmente em cada estado salvar vidas com menos mortes para garantir a saída segura até a vacina", finaliza.