Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Ministro Ernesto Araújo pede demissão e causa baixa na ala ideológica

Nomes cotados incluem o embaixador do Brasil na França, ligado a Olavo de Carvalho

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| Agência Senado
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Por Rany Veloso

Após polêmicas e pressão do Congresso, o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo pediu demissão a Bolsonaro no fim da manhã desta segunda-feira (29). Na presença do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) e do assessor do Planalto para assuntos internacionais, Felipe Martins, apoiadores da ala ideológica do governo, Araújo disse que não queria ser um problema para o presidente. Antes de ir ao encontro, o chanceler reuniu a equipe e informou sobre a saída da pasta. Ainda não há informação oficial se Bolsonaro aceitou ou não o pedido. Uma outra reunião está prevista para a tarde. Essa não deixa de ser uma baixa dos mais radicais do governo, que perdem representatividade com a saída.

Nomes como o do almirante Flávio Rocha, secretário de assuntos estratégicos do Planalto, e do embaixador do Brasil na França, Luís Fernando Serra, estão sendo cotados para a substituição. O último vai na mesma linha do atual ministro, pois é ligado à ala ideológica por meio de Olavo de Carvalho. Vale lembrar que qualquer nome que seja indicado precisará passar pelo crivo do Congresso.

Políticos também são cotados, como os senadores Antônio Anastasia (PSD-MG) e Fernando Collor (PRB-AL), sim, o ex-presidente.

QUEDA ANUNCIADA

O chanceler brasileiro vinha sendo fortemente criticado de uma forma mais intensa no último mês pelo mau relacionamento do Brasil com outros países e pela consequente falta de articulação para a aquisição de vacinas contra a Covid-19. Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e outros nomes do centrão, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI), insistiam na mudança e também foram às redes sociais fazer pressão para mudança. 

Tudo piorou neste fim de semana quando o ministro publicou em rede social que a senadora Kátia Abreu (PP-TO) havia sugerido um gesto ao leilão 5G da China, país com o  qual já teve atrito, para que ele fosse "o rei do senado". A presidente da Comissão das Relações Exteriores não gostou nada da insinuação e chamou Araújo de marginal.

Além do acordo de ontem (28) para boicote no Senado sobre as indicações de Araújo a embaixadas, ao menos três parlamentares estavam preparando um pedido de impeachment contra o ministro.

Marcelo Castro (MDB-PI) havia revelado ao blog ainda na semana passada que Ernesto Araújo não duraria muito no cargo. Isso foi após participação do diplomata em sessão no Senado na seamana passada. Na ocasião, ao menos 7 parlamentares pediram para que ele deixasse o cargo.



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