Omar Aziz, em primeira mão, confirma depoimento de Carlos Wizard à CPI

Por Rany Veloso

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), confirmou em entrevista exclusiva ao programa Diálogo Franco, da TV Jornal Meio Norte, na manhã desta segunda (21) que os advogados do empresário Carlos Wizard o procuraram para agendar data e horário do depoimento, assegurando que o cliente comparecerá à oitiva, que estava marcada inicialmente na semana passada, quando Wizard alegou estar nos EUA. O investigado pela CPI, como anunciou Renan Calheiros na última sexta-feira (18), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento, mesmo assim não compareceu. 

A nova data para o empresário prestar esclarecimentos sobre uma possível ligação ao presidente Bolsonaro na condução da pandemia e incentivo ao tratamento precoce com uso de medicamentos não recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi definida hoje.

Segundo Aziz, em conversa com integrantes do G7, havia decidido, no final de semana, que além do pedido de condução coercitiva, acionariam a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para localizar Wizard, caso o mesmo continuasse sem dar retorno às comunicações da secretaria do colegiado. “O depoimento está marcado para a próxima quarta-feira (30/10), às 9h (horário de Brasília). Então, de hoje até quarta-feira, ele tem 10 dias para se organizar e vir ao Brasil”, destacou o senador.

Carlos Wizard é suspeito de integrar o chamado “Gabinete Paralelo”. Segundo o ex-ministro da Saúde (MS), Eduardo Pazuello, o empresário atuou informalmente como conselheiro dele por um mês chegou a ser indicado para uma secretaria do órgão, mas recusou o convite.

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"Desrespeito não houve a ela, eu nunca nem alterei a voz dela, ela disse coisas absurdas como médica, a Dra. Nise defendeu a vacinação aleatória. Ela defendeu um tratamento precoce irresponsavelmente, aliás estou tentando agora chamar a Prevent Senior para saber quantos idosos faleceram com esse tratamento quando ela era médica. Acho que esses R$ 160 mil é muito pouco para o que ela vai ter que pagar aos pais, filhos, que perderam familiares para este tratamento precoce (...) Tá tentando se vitimizar, não convenceu ninguém, e vai ter que ser responsabilizada. Ela é uma das responsáveis e primeiro vai responder à justiça dos homens e segundo, à justiça de Deus".

A médica é um dos 14 investigados pela comissão.

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"Esse é um posicionamento do Renan, hoje à noite teremos uma reunião no G7, e isso só vou poder revelar após essa reunião". 

DEPOIMENTOS DA SEMANA 

Os depoimentos, desta semana, iniciam com o deputado federal, Osmar Terra (MDB-RS), nesta terça-feira, 22/06, que irá à CPI como convidado. Segundo a Agência Senado, o parlamentar foi apresentado como “padrinho” de um grupo de médicos, que apoiavam o uso de remédios sem eficácia contra a Covid-19¸durante reunião com o presidente Jair Bolsonaro, em setembro do ano passado. Também apontado como integrante do “Gabinete Paralelo”, Osmar foi citado pela primeira vez em maio, durante depoimento à CPI, do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. 

Na quarta-feira, 23/06, será a vez do empresário sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, que entre outros questionamentos deverá esclarecer porque a empresa atuou como intermediária no processo de compra da Covaxin.

E na quinta-feira, 24/06, será ouvido o assessor especial de Relações Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, que foi citado durante depoimento de Fábio Wajngarten.

Para encerrar, a diretora-executiva da Anistia Internacional e Coordenadora do Movimento Alerta, Jurema Werneck; e epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, são os convidados de sexta-feira, 25/06.