Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Wellington Dias já pensa na aprovação da PEC da Transição na Câmara

O senador eleito estava durante toda a sessão no Plenário para assegurar que texto não sofreria modificações

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Por Rany Veloso

Logo após a aprovação da PEC do Bolsa Família ou da Transição, ainda no Plenário do Senado, Wellington Dias (PT-PI) já estava projetando a votação na Câmara, prevista para a próxima semana. O objetivo é não modificar nada no texto, tanto para não perder recursos quanto para que a proposta não retorne ao Senado. "Tenho uma confiança que também na Câmara Federal haverá essa mesma sensibilidade do Senado, de votar pelo Brasil, por quem mais precisa, pelo povo brasileiro", diz o senador eleito.

Dias também falou que a aprovação é o cumprimento da promessa de campanha do presidente eleito, Lula, que articulou diretamente com os presidentes do Senado e da Câmara, além de líderes do Congresso. 

"É a garantia de recursos para os mais pobres. Colocar os pobres no orçamento, como foi compromisso do presidente Lula, garantir o funcionamento dos recursos públicos e também recursos para investimentos, ou seja, o que é essencial para a estabilidade para que a gente tenha as condições em dois anos de também ter uma âncora fiscal", frisa.

Mas o trabalho de Wellington Dias só está começando. Isso porque ele foi escolhido por Lula para negociar mudanças no orçamento do próximo ano junto ao relator, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que também usou toda a sua habilidade na votação da noite desta quarta-feira (07). Comentam nos bastidores, que Castro pode até ser escolhido como líder do governo no Congresso.

A PEC amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos para o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600 mais R$ 150 por criança e assegura fora do teto R$ 23 bilhões de arrecadações extras para investimentos. Além de estipular o prazo até agosto de 2023 para que  o governo eleito apresente uma nova âncora fiscal para limitar os gastos públicos do país.

MUDANÇAS

No anteprojeto apresentado pelo governo eleito, o qual Wellington Dias e Geraldo Alckmin entregaram ao Congresso, em novembro, e na própria PEC apresentada por Marcelo Castro na semana passada, o valor colocado para cobrir o Bolsa Família foi de R$ 175 bilhões, mas na votação de ontem na CCJ o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o líder do PT no Senado, Paulo Rocha, autorizaram reduzir o valor em R$ 30 bilhões. Essa foi a negociação para que a base de Bolsonaro aceitasse a proposta e não barrasse a votação.  



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