Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Pedido de apreensão do celular de Bolsonaro gera polêmica em Brasília

Partidos políticos entram com representação contra ministro Augusto Heleno por crime de responsabilidade

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| Sérgio Lima/ Poder 360
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Por Rany Veloso

Após o ministro do STF Celso de Mello solicitar uma posição da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre o pedido de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e do filho dele, Carlos Bolsonaro, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da presidência da República emitiu uma nota que causou uma grande repercussão, inclusive, com pedidos de representações contra o ministro do GSI, general Augusto Heleno, pelo tom utilizado em nota, considerado grave.

Na nota, o general Heleno disse que o pedido de apreender o celular de Bolsonaro é "inconcebível e, até certo ponto, inacreditável" e que poderá ter "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional". O ministro disse ainda que se realmente assim for decidido "seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro poder".

Logo após a publicação da nota, partidos políticos ingressaram com na Câmara com uma representação contra Augusto Heleno, que deve ser convocado para prestar esclarecimentos no Congresso sobre a fala.

Já o Movimento Brasil Livre (MBL) vai apresentar um pedido de impeachment contra o ministro do GSI alegando crime de responsabilidade.

O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), é um dos que vai representar contra o chefe do GSI. A ação será com base na Lei de Segurança Nacional. Molon vê com imensa preocupação que representantes do Poder Executivo estejam usando seus cargos para ameaçar e intimidar os demais poderes da República, em especial o Poder Judiciário, sem qualquer apreço à democracia.

O líder reitera que ninguém está acima da Constituição e que todos, inclusive o presidente da República, estão submetidos à Carta Maior. "A ameaça de golpe feita pelo General Heleno é um crime contra a segurança nacional. A democracia brasileira não pode se curvar neste momento, sob o risco de cruzarmos a última barreira que distingue a nossa democracia de um regime totalitário. É preciso frear os arroubos autoritários do governo Bolsonaro. Por isso, vamos representar contra o General Heleno, com base na Lei de Segurança Nacional", dispara Molon.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/ AP) postou em suas redes sociais que não vai aceitar ameaça contra a democracia e que Heleno não deve só explicações, mas desculpa por ameaçar as instituições. E terminou dizendo que "os motivos para impeachment desse governo absurdo só aumentam".

VEJA A NOTA DO GSI NA ÍNTEGRA NO LINK E NA IMAGEM

Nota à Imprensa - Nota à Nação Brasileira.pdf



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