TCU deve investigar gastos de R$ 1,8 BI do governo com supermercado

Por Rany Veloso

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), entrou com representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo apuração dos excessos nos “gastos com alimentação” do Governo Federal no ano de 2020. O documento pede ainda ações cabíveis para fins de ressarcimento aos cofres públicos caso sejam confirmadas as irregularidades nas compras. 

Na da ação, são destacados os valores considerados exorbitantes na compra de produtos como leite condensado, barras de cereais e chicletes. “O Governo Federal gastou mais de R$ 1,8 bilhão na compra injustificável e avessa à finalidade pública. Foram quase dois bilhões de reais em gastos com sagu, biscoitos, leite condensado a chicletes. Com esses valores, seria possível construir cerca de 180 hospitais de campanha para tratamento da covid-19”, exemplifica o senador.

Randolfe continua e diz que “seria também possível pagar mais “uma parcela“ de R$ 600,00 do auxílio emergencial a cerca de 3 milhões de famílias desamparadas nesta pandemia, que certamente precisam mais que o Presidente e suas guloseimas.” 

A ação também prevê uma análise detalhada dos custos de todas as aquisições. "As irregularidades saltam aos olhos, nem que o núcleo familiar de Bolsoanro fosse composto por cinquenta pessoas seria possível ingerir toda a quantidade de alimentos compradas, especialmente biscoitos, chicletes e leite condensado", finalizou Randolfe.

Outros parlamentares, como a deputada Tábata Amaral (PDT-SP), Filipe Rigoni e o senador Alessandro Vieira (Cidadania) também já entraram com representação para que o TCU investigue os gastos do governo. "Sobretudo diante de uma crise, é deboche gastar milhões com chiclete, leite condensado e outros supérfluos", escreve a parlamentar em rede social.