Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Welington Dias pode ir para um ministério de Lula que ajude o Nordeste

O senador eleito pelo Piauí, articula na Câmara a aprovação da PEC do Bolsa Família e diz acreditar no “bom senso” dos deputados. A votação está prevista para amanhã.

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Por Rany Veloso

O blog apurou com fontes do PT que o partido deseja o Ministério do Planejamento. Seria uma opção a Wellington Dias (PT-PI), mas uma outra fonte diz que o piauiense pode ir para uma das pastas (Cidades e Integração Nacional) que serão desmembradas do atual Ministério do Desenvolvimento Regional. Responsável por órgãos diretamente ligados a obras de infraestrutura no Nordeste, como o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) e a Codevasf (Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), tem uma capilaridade muito grande nas bases eleitorais.

No governo Bolsonaro, o Ministério elevou o passe do ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), que também é do Nordeste, e foi eleito senador nas últimas eleições. É por lá que são liberadas boa parte das emendas parlamentares.

Em entrevista exclusiva ao blog, Wellington Dias dá uma resposta enigmática sobre o tema, mas com várias palavras-chave. Ele diz que vai ficar no Senado, mas lembra que quem escolhe é Lula, e enfatiza que deseja o melhor para o Piauí.

"A resposta é sempre a mesma, dia 1º de fevereiro, pela vontade do povo do Piauí, estarei tomando posse no Senado, com muito entusiasmo, para ajudar o Piauí, para ajudar o Brasil. Vamos aguardar aí, quem decide sobre a composição do governo é o presidente Lula", pondera.

O presidente já externou que não quer mexer na bancada do PT no Senado, pois será necessária uma "tropa de choque" para aprovação das matérias do governo. Um outro fator a se observar é que a suplente de Dias, Jussara Lima, é do PSD. Apesar de agora estar na base de Lula, é uma outra sigla conhecida por posições pragmáticas.

NOME DE REJANE DIAS É SUGERIDO AO MINISTÉRIO DA MULHER

Outra opção para contemplar o Piauí, que deu a maior votação percentual do país a Lula, seria ceder a vaga a Rejane Dias, esposa de Wellington e deputada federal, que por ser evangélica dialoga diretamente com a Frente Parlamentar Evangélica, a maior da Câmara, grupo com qual Lula precisa estreitar as relações.

O blog apurou que o nome dela foi enviado como sugestão ao Ministério da Mulher, em uma lista do PT, através da CNB (Construindo um Novo Brasil), força política dentro do partido formada por deputados e presidida por Zeca Dirceu. 

PEC DO BOLSA FAMÍLIA APROVADA PODE AUMENTAR A COTAÇÃO DE WELLINGTON DIAS

Ainda é um mistério sobre o destino de Dias no terceiro governo Lula. Ele mesmo evita falar sobre o tema, assim como todos os outros ministros já anunciados evitavam. Mas foi do presidente eleito que ele recebeu a missão, como ele mesmo diz, de negociar a aprovação da PEC da Transição ou do Bolsa Família no Congresso Nacional. Pode ser um teste de fogo. Ou para ficar como líder do Governo, ou no Senado ou no Congresso, ou para ir à Esplanada dos Ministérios.

"O presidente Lula me deu uma missão junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, com os líderes, para que a gente possa trabalhar as condições de aprovar pela importância que tem essa PEC. Aprovamos no Senado graças a Deus com boa votação e esperançoso também de conseguir essa vitória na Câmara", diz.


Nesta terça-feira (13), Wellington Dias divide o tempo entre agendas no Congresso com líderes da Câmara. São 513 deputados na casa. Um caminho mais difícil para aprovação de uma Emenda à Constituição. São necessários 308 votos em dois turnos.


A expectativa é da PEC do Bolsa Família ou da Transição ser votada amanhã (14). Lula iniciou o dia em agenda com o presidente Arthur Lira (PP-AL) no hotel em que ele está hospedado na capital federal.


O senador eleito disse ao blog que a Câmara tem autonomia para aprovar ou não, mas acredita que irá prevalecer o "bom senso".


O novo governo depende da PEC também para recompor o orçamento da União de 2023, uma vez que o Projeto de Lei Orçamentário (PLOA) enviado pelo governo Bolsonaro é insuficiente em várias áreas, como Saúde e Educação e implicaria diretamente em cortes nos serviços.




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