Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Wellington Dias afirma que já havia se colocado à disposição da CPI Covid

O chefe do Executivo lembrou que irá comparecer “com base na lei” e frisou que o mais importante é encontrar a saída da crise.

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Por Rany Veloso

O governador Wellington Dias (PT) se pronunciou sobre a convocação na CPI da Pandemia. Em vídeo, reconheceu a importância da comissão e disse que se apresentou aos membros da comissão voluntariamente como representante do Fórum dos Governadores. O chefe do Executivo lembrou que irá comparecer "com base na lei" e frisou que o mais importante é encontrar a saída da crise, "precisamos ter medidas preventivas, precisamos de mais  vacinas para salvar vidas". 

Um grande passo foi dado na visão da tropa de choque governista, porque agora a CPI vai investigar os governadores. Ao total, 9 serão chamados a depor nesta primeira leva. Entre eles o governador Wellington Dias, que não estava na lista de possíveis depoentes, mas entrou na última hora, porque houve comprovação de operação da PF no estado. 

Informações de bastidores apuradas pelo blog dão conta de que foi o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o líder da oposição no estado, que apresentou indícios de que também houve operação da PF no Piauí e só daí que o requerimento foi protocolado no sistema do Senado por Alessandro Vieira.

Havia desde as primeiras votações uma grande discussão entre os próprios senadores sobre a votação apenas dos requerimentos registrados no mínimo 48 horas antes, como estabelece o regimento.  

Dias respondeu em vídeo sobre a convocação:

“Reconhecemos a CPI do Senado importante para investigar essa tragédia que já aconteceu no Brasil. Mas temos também a esperança que seja um instrumento para gente acertar o passo e salvar vidas no Brasil. Eu, compareci com os membros da comissão e me coloquei voluntariamente como governador e como coordenador do Fórum Nacional dos Governadores do Brasil nesse tema da pandemia, para ali comparecer na CPI e voluntariamente poder contribuir com informações, com esclarecimentos. Mas, principalmente para que a gente possa encontrar um caminho. Temos o risco de uma nova onda. Precisamos ter medidas preventivas, precisamos de mais vacinas para salvar vidas. E, é esse o caminho que temos que unir todos. De minha parte, tendo chamamento para comparecer a CPI com base na lei, ali comparecerei para contribuir, para esclarecer, mas principalmente para apontar os caminhos para salvar vidas no Brasil", pontuou. 

A sessão

Foi uma sessão sem depoente, mas tumultuada. Antes da convocação dos governadores e outros nomes ligados ao governo federal, uma reunião de duas horas a portas fechadas entre os integrantes da Comissão.

O critério acordado, sugerido por Alessandro Vieira (Cidadania-SE), para que os chefes dos estados comparecessem à CPI foram operações da Polícia Federal relacionadas ao desvio de verbas federais que deveriam ser usadas no combate da pandemia.

Na hora da votação, um racha no G-7. Não havia consenso sobre a convocação dos prefeitos, que não entrou em pauta. E o requerimento surpresa de Randolfe Rodrigues convocando o presidente Bolsonaro acabou em bate-boca. Mais cedo, o senador já havia apontado o rumo da sessão.

Os outros convocados devem esclarecer sobre os inquéritos em andamento. Hélder Barbalho, o governador do Pará, não escapou da mira. A operação Para Bellum apurou fraude na compra de respiradores.

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, foi o único retirado. Mas o ex-governador Wilson Witzel vai ter que comparecer. Ele sofreu impeachment após denúncias de desvios na área da saúde durante a pandemia.

O consenso era Wilson Lima, do Amazonas. Isso porque a crise da falta de oxigênio no estado também é foco da investigação.

Os outros são, Ibaneis Rocha do Distrito Federal, Carlos Moisés e Daniela Reinehr de Santa Catarina, Antônio Garcia de Almeida de Roraima, Waldez Góes do Amapá, Marcos Rocha dos Santos de Rondônia e Mauro Carlesse do Tocantins.

Ficou de fora Carlos Gabas, ex-coordenador do Consórcio Nordeste, sobre o qual paira denúncia na compra de 300 respiradores que nunca chegaram.

Agora a questão é se os governadores e até mesmo o presidente Bolsonaro vão ou não recorrer ao Supremo Tribunal Federal para não prestarem depoimento à CPI?

 

VEJA O VÍDEO DO BATE-BOCA ENTRE RANDOLFE RODRIGUES E MARCOS ROGÉRIO:

 



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