Memória

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Após seis anos em cativeiro das Farc, Ingrid Betancourt é libertada

A libertação ocorreu em 02 de Julho de 2008, há 11 anos

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Após passar mais de seis anos em cativeiro, tomada refém pelas Forças Armadas Revolucionárias Colombianas ( FARC), a política, ativista, ex-senadora e ex-candidata a Presidente da Colômbia, Ingrid Betancourt foi finalmente libertada, graças a uma operação montada pelas forças policiais de seu país. A libertação ocorreu em 02 de Julho de 2008, há 11 anos. O sequestro de Ingrid pelas FARC ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2002, quando se encontrava em plena campanha eleitoral visando à Presidência.

Fundadora de seu próprio partido, Oxigênio Verde, a franco-colombiana Ingrid Betancourt obteve a maior votação da história do país como senadora, em 1998. Durante sua campanha presidencial, fora desaconselhada a visitar a região de San Vicente de Caguán, onde ocorreu o sequestro. A cidade era controlada pelos guerrilheiros das Farc e estava sendo retomada pelo exército colombiano.

Quando foi sequestrada, Ingrid estava acompanhada da advogada Clara Rojas, sua candidata à vice-presidência, um assessor e dois jornalistas. Os três homens logo foram libertados. As Farc propuseram a troca da candidata por algumas dezenas de guerrilheiros presos, o que foi recusado pelo governo colombiano.

O resgate foi feito a 72 km de San José del Guaviare, e o processo de libertação foi cinematográfico. Membros da inteligência militar colombiana se infiltraram entre os guerrilheiros e conseguiram organizar um suposto transporte de reféns para outro cativeiro no sul do país, onde seriam vigiados pelo líder Alfonso Cano, de 60 anos. Já no helicóptero, os dois únicos verdadeiros membros das FARC foram rendidos, e foi anunciada a liberdade para os prisioneiros, que comemoraram. 

Com Ingrid Betancourt, foram libertados mais 14 reféns: três norte-americanos — que haviam sido sequestrados em 2003, em meio a uma missão antidrogas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos — e 11 militares colombianos. Clara Rojas já havia sido libertada em janeiro. Nas eleições presidenciais em que Ingrid Betancourt concorria antes de ser raptada, foi eleito Álvaro Uribe, 56 anos, que, partidário de ações enérgicas contra a guerrilha colombiana, foi reeleito em 2006. 

Desde seu sequestro, a Ingrid passou a ser considerada a refém mais importante dentro de um grupo de 38 prisioneiros que tinham “valor de troca” para acordos das FARC com o governo da Colômbia. Já em liberdade, Betancourt declarou que, ao longo do período em que esteve prisioneira, chegou a passar três anos acorrentada durante as 24 horas do dia, além de ter sofrido maus-tratos.

Em abril, chegou-se a pensar que ela poderia estar morta diante da fragilidade de sua saúde, o que ficou aparente num vídeo em que apareceu. O governo brasileiro fez um apelo formal pela liberdade de Ingrid Betancourt e apoiou o presidente francês Nicolas Sarkozy, 53 anos, que fez diversos pedidos por sua libertação.



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