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Assalto a teatro em Moscou termina com cerca de 250 mortos

Essa tragédia ocorreu no dia 26 de Outubro de 2002.

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Todos os 42 terroristas e um número calculado em 204 pessoas, tidas como reféns, incluindo 9 estrangeiros, foram mortas durante o cerco ao teatro, realizado pelas forças de segurança da Rússica devido ao envenenamento pelo gás usado pelas forças russas. Todos, exceto dois dos reféns, que morreram durante o cerco,tiveram como causa da morte uma substância tóxica bombeada para o teatro para subjugar os insurgentes. A identidade do gás nunca foi divulgada, embora se acredite que alguns tenham sido um derivado do fentanil, como o carfentanil. Essa tragédia ocorreu no dia 26 de Outubro de 2002. No dia 23, esse caso fatítico se iniciou, quando centenas de reféns no teatro Dubrovka foram tomados no teatro lotado por 42 chechenos, todos fortemente armados.

Os terroristas, liderados por Movsar Barayev, reivindicaram lealdade ao movimento separatista islâmico na Chechênia. Eles exigiram a retirada das forças russas da Chechênia e o fim da Segunda Guerra Chechena.

Crédito: Reprodução

Andrei Seltsovsky, chefe do Comitê de Saúde de Moscou, informou que 646 dos mais de 700 reféns libertados ainda estavam no hospital, dos quais 150 sob cuidados intensivos e 45 "em estado grave".

Segundo Serguei Ignatchenko, porta-voz do FSB, a operação para tomar o teatro foi iniciada depois que os terroristas começaram a matar reféns. Não havia informação sobre eventuais mortes entre as forças russas que entraram no teatro.

As forças especiais que lançaram gás tóxico no teatro em Moscou não deram informações aos serviços médicos sobre o tipo de gás utilizado (ainda havia controvérsias ontem), de acordo com Yevgeny Luzhnikov, chefe do serviço de saúde do Departamento de Envenenamento Grave. Isso levou a uma grande confusão para tentar salvar a vida dos mais de 700 reféns que foram levados a hospitais, a maioria inconsciente.

Michael Yardley, especialista em segurança baseado em Londres, disse acreditar que o gás usado era o BZ, que provoca alucinações e letargia. Esse gás foi utilizado pelos EUA no Vietnã.

Ele disse que os sintomas apresentados pelos reféns em Moscou -dificuldade em caminhar, perda de memória, desmaios, problemas cardíacos, enjôo- indicavam que o gás utilizado seria o BZ. De acordo o Exército norte-americano, o efeito do gás dura 60 horas.

O anestesista Yevgeny Yevdokimov disse que o efeito do gás pode ter sido exacerbado pelo estado dos reféns, que tinham passado ao menos 58 horas no teatro com pouca água e comida, submetidos a uma forte tensão.

O gás utilizado era tão poderoso que os terroristas tchetchenos não teriam conseguido acionar os explosivos que carregavam.

O canal de TV NTV disse que dois estrangeiros -uma jornalista holandesa e uma criança cazaque- tinham morrido por causa do gás. Mais tarde, divulgou-se que uma bielo-russa e uma austríaca também haviam morrido.

A lista de mortos não havia sido divulgada, enquanto a polícia russa impedia que os médicos dessem alta aos pacientes, devido ao temor de que houvesse algum terrorista entre eles.

Os familiares dos reféns que sobreviveram ainda estavam em busca de informação sobre o estado de saúde deles nos hospitais de Moscou -uma tarefa difícil devido à confusão na capital russa.

A polícia russa deteve várias pessoas de origem caucasiana ontem em Moscou. Entre outros detidos, encontram-se cinco tchetchenos e outras duas pessoas da Inguchétia e da Geórgia. O presidente russo, Vladimir Putin, decretou que hoje é um dia de luto pelas vítimas em Moscou. Putin prometeu ajuda econômica aos familiares dos mortos.



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