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Assalto ao Banco Central em Fortaleza foi ação cinematográfica

Assalto ao Banco Central em Fortaleza foi ação cinematográfica

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No dia 05 de Agosto de 2005, em Fortaleza, no Ceará, ocorreu o segundo maior assalto a banco em toda a história do Brasil, quando um poderoso grupo de ladrões conseguiu penetrar na sede do Banco Central do Brasil, na Capital cearense, levando três dias até concluir a engenhosa operação criminosa que rendeu ao grupo aproximadamente R$ 169 milhões. As instalações do BC de Fortaleza eram consideras como sendo de segurança máxima. Conforme se apurou depois, os ladrões levaram dias alojados numa casa próxima ao banco e cavaram um enorme túnel que levaram ao caixa-forte da agência. 

Levaram ao caixa-forte da agência. 

O fato só foi percebido no início do expediente na segunda-feira dia 8 de agosto. Foi o segundo maior assalto a banco da história do Brasil. A escavação para se fazer o túnel que possibilitou a invasão demorou cerca de três meses. 

Segundo a Polícia Federal, com base em estimativas a partir do peso das notas roubadas (3,5 toneladas), foram roubados aproximadamente 164 milhões de reais (69.8 milhões de dólares). As notas todas empilhadas chegariam a uma altura de quase 33 metros. 

Cerca de R$ 169 milhões foram roubados na ação 

O furto cinematográfico foi todo ele desenvolvido num fim de semana, enquanto o banco estava fechado. Em maio de 2005, a quadrilha alugou uma casa para abrir uma empresa de fachada, que comercializaria grama sintética. Os assaltantes usavam uniformes e começaram a escavar um túnel de 80 metros  de comprimento, por 70 centímetros  de largura e 4 metros de profundidade, abaixo das galerias de esgoto e acima do lençol freático, cuja parte final era um poço que atravessava o piso de 1 metro de espessura de concreto maciço.  

O furto cinematográfico foi todo ele desenvolvido num fim de semana

O túnel foi revestido com lona e inteiramente escorado com vigas de madeira para evitar desabamentos; contava com sistema de ar-condicionado e iluminação elétrica. O solo de Fortaleza é arenoso, fácil de escavar. Além das plantas subterrâneas, os criminosos possuíam conhecimentos de engenharia, elétrica, hidrogeologia e, aparentemente, auxílio de alguém que trabalhava no banco. Além disso, tinham também uma rota de fuga flexível para atrapalhar as investigações. Até hoje, sabe-se que o dinheiro recuperado (apenas R$ 20 milhões) foi deixado, de propósito pelo assaltante conhecido apenas por Roque, no intuito de ganhar mais tempo para administrar o restante. Segundo a Polícia, o mesmo morava na região próximo onde o dinheiro foi encontrado, mas até hoje não se sabe o paradeiro e nem a identidade do acusado. 

O túnel foi revestido com lona e inteiramente escorado com vigas de madeira para evitar desabamentos

Das 36 pessoas que foram acusadas, 27 acabaram presas. 

O túnel usado pelos criminosos foi uma verdadeira obra de engenharia. Com 4 metros de profundidade, cerca de 80 metros de extensão e 70 cm de diâmetro, o túnel atravessou a Avenida Dom Manuel, uma das avenidas mais movimentadas do Centro de Fortaleza. A estrutura foi revestida com vigas de madeira e forrada com lona e plástico para evitar erosões e desabamentos. A obra também tinha energia elétrica ao longo de todo o trajeto com iluminação, ventilação e sistema de ar condicionado. Ironicamente, dentro do túnel, foram encontradas várias garrafas de bebidas isotônicas e pomadas contra assaduras, resultadas do trabalho braçal. Estima-se que 30 toneladas de terra foram retiradas, o suficiente para encher seis caminhões. A Polícia Federal avaliou a obra em R$ 500.000,00.



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